Introdução: As síndromes hipertensivas na gestação são uma preocupação relevante em saúde materna, com impactos para a mãe e para o embrião. Essas condições, incluindo pré-eclâmpsia, eclâmpsia e hipertensão gestacional, caracterizam-se por hipertensão arterial durante a gravidez. Define-se como hipertensão crônica quando observada previamente à gravidez ou antes de 20 semanas de gestação, ou durante a gravidez e persistindo até 12 semanas após o parto. A pré-eclâmpsia/eclâmpsia define-se como hipertensão que surge após 20 semanas de gestação ou antes. Objetivos: Fornecer uma visão ampla acerca das síndromes hipertensivas na gestação, a fim de mitigar seu impacto e avançar em direção a uma melhor saúde materna e neonatal. Metodologia: Empregou-se uma revisão bibliográfica para discutir acerca das contribuições para o desenvolvimento de síndromes hipertensivas no momento da gravidez. A busca bibliográfica foi realizada em bases de dados especializadas, como PubMed, Google Scholar e Scielo, com critérios de inclusão e exclusão. Resultados e Discussões: As Síndromes Hipertensivas Gestacionais (SHG) são as mais importantes complicações no momento do ciclo gravídico, em que a incidência pode variar entre 6% a 30% das gestações. As complicações maternas podem se manifestar como trombocitopenia, o aumento das enzimas hepáticas, a hemólise das hemácias, e a Eclâmpsia. No feto, pode ocorrer o comprometimento do seu desenvolvimento, parto prematuro, baixo peso ao nascer e morte perinatal. Idade materna avançada, primigestidade (primeira gestação) e a multigestidade (gestações múltiplas), obesidade pré-gestacional e o ganho excessivo de peso durante a gestação, são reconhecidos como fatores de riscos significativos para complicações gestacionais. Considerações Finais: As SHG são uma das complicações mais sobressaltantes no ciclo gravídico, contribuindo para altos índices de morbidade materna, e sendo uma das principais causas de mortalidade materna. As complicações associadas aos distúrbios hipertensivos expressam um número significativo dos óbitos maternos que ocorrem globalmente, além de serem as principais causas de nascimentos prematuros, com números sobresselentes no Brasil. Logo, a administração de maneira adequada dos fatores de risco e a implementação de estratégias preventivas são importantes para reduzir a incidência e a gravidade das SHG, a fim de garantir uma melhor saúde materna e fetal durante o ciclo gravídico.
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