Introdução: A desnutrição é um problema comum em pacientes oncológicos, principalmente durante a hospitalização, e está associada ao aumento da morbimortalidade, bem como ao declínio da qualidade de vida. Intervenções nutricionais podem melhorar a qualidade de vida em pacientes submetidos à quimioterapia. Hábitos dietéticos, como consumo excessivo de gordura e baixa ingestão de fibras, além de tabagismo, alcoolismo e sedentarismo são fatores de risco para o desenvolvimento e progressão de tumor cancerígeno, sobretudo gástrico e esofágico. A terapia nutricional, incluindo suplementação oral, nutrição enteral e nutrição parenteral, pode melhorar a resposta clínica e o prognóstico do paciente. Objetivos: Investigar as influências e as relações entre os hábitos dietéticos, terapia nutricional e estado nutricional na evolução de tumores cancerígenos e na saúde oncológica. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, e pretendeu-se entender a relação entre os hábitos dietéticos e o desenvolvimento de tumores cancerígenos, além do estado e terapia nutricional. Foram realizadas pesquisas de trabalhos indexados nas bases de dados: National Library of Medicine (PUBMED) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS/MeSH): “Food Habits; “Carcinogenic tumor”; “Nutrition”; “Oncology” combinados com o operador booleano “AND”. No período de fevereiro a abril do ano de 2024 ocorreu a coleta de dados, e os critérios de inclusão respeitados durante a coleta foram: estudos completos que tinham acesso livre, que tratassem do tema proposto, nos idiomas português, inglês e espanhol e que se encaixassem na linha temporal de 5 anos de publicação (2019 a 2023). Os critérios de exclusão estabelecidos foram: artigos duplicados, de revisão, monografias, dissertações e teses, assim como, os artigos que não contemplassem a temática. Foram encontrados 65 artigos antes de serem submetidos aos critérios de inclusão/exclusão, porém, após realizada a triagem, mediante a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão aproveitou-se, para o presente estudo, 5 artigos. Resultados: A suplementação oral, enteral e parenteral promove melhorias na composição corporal, porém não foram encontradas diferenças significativas nos parâmetros antropométricos. A terapia hiperproteica mostrou-se benéfica para pacientes com câncer gastrointestinal, e garantiu melhor qualidade de vida, função física aprimorada e redução de sintomas negativos. Os pacientes que receberam terapia nutricional de longo prazo (maior ou igual a 7 meses) tiveram uma sobrevida significativamente maior do que aqueles que receberam apenas intervenção de terapia nutricional de curto prazo (1 a 3 meses). A detecção precoce da desnutrição é primordial para uma intervenção eficaz. Portanto, uma avaliação nutricional abrangente, que inclui métodos subjetivos e objetivos, deve ser realizada rapidamente em pacientes oncológicos. Além disso, estudos em modelos animais revelaram que a exposição ao aspartame está associada a uma alta taxa de confirmação de tumores malignos, principalmente em exposições pré-natais, sugerindo um risco significativo de câncer. Camundongos que foram expostos a uma dieta rica em gordura apresentaram mudanças metabólicas, incluindo aumento da glicose basal, predisposição à sinalização alterada da insulina e inflamação hepática causada pela dieta obesogênica. A obesidade alimentícia também contribui para a carcinogênese mamária, aumentando a inflamação e a biossíntese local de estrógenos. A exposição aos parabenos está ligada ao câncer de mama, devido à acumulação de parabenos nos tecidos mamários. Conclusão: A dietoterapia, estado nutricional e hábitos alimentares se relacionam com o desenvolvimento de tumores cancerígenos. A suplementação oral, enteral e parenteral melhora a composição corporal e a qualidade de vida dos pacientes. A terapia nutricional hiperproteica, particularmente em pacientes com câncer gastrointestinal, está associada a melhor função física e menos sintomas negativos. A dietoterapia individualizada deve levar em consideração as particularidades de cada paciente como aspectos socioculturais e efeitos colaterais do tratamento. Além disso, modelos animais elucidam que a exposição ao aspartame está associada a um aumento significativo no risco de câncer, particularmente na exposição pré-natal. A exposição aos parabenos está associada ao câncer de mama, pois esses produtos se acumulam nos tecidos mamários. A dieta rica em gordura causa mudanças metabólicas e inflamatórias que podem levar ao desenvolvimento de câncer mamário. Paralelamente, pesquisas futuras são necessárias a fim de investigar minuciosamente essas influências e como elas se relacionam para criar melhores estratégias de prevenção e tratamento.
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