RESUMO: O conceito de Síndrome do Impostor (SI), descreve sentimentos e percepções de ser uma verdadeira farsa. Essas pessoas atribuem êxitos a fatores aleatórios, não sendo fruto de seus esforços. Assim, o presente estudo visa mensurar a ocorrência da SI em meio aos estudantes de medicina do Maranhão de uma instituição pública e uma privada, do ciclo básico ao internato, e os aspectos acadêmicos que causam essa desordem psicológica. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, em que foram coletados dados de 130 estudantes de medicina de todos os ciclos de aprendizagem (básico, clínico e internato) da Universidade Federal (UF) e da Universidade Privada (UP), ambas na cidade de Imperatriz, a partir de um formulário eletrônico com 25 perguntas, analisadas por meio de estatísticas descritivas via Microsoft Excel e tabuladas no software SPSS (S-tatistical Package for the Social Sciences). Dos 130 estudantes entrevistados, 54 (41,5%) demonstraram estar insatisfeitos com a desenvoltura acadêmica. Simultaneamente, 72 (55,3%) deles avaliaram a rotina de estudos deficitária, o que influencia a satisfação dos estudantes com o conhecimento, resultados similares aos encontrados por outros autores, posto que o temor de "ser descoberto” motiva o indivíduo a idealizar rotinas perfeitas para superar sua suposta falta de competência. Além disso, 102 (78,5%) entrevistados costumam comparar o rendimento acadêmico com o de seus colegas e 97 (74,6%) declararam ser competitivos. Referente à procrastinação e à autossabotagem, 124 (95,38%) dos estudantes alegaram ter tais hábitos. Diante disso, infere-se que parte dos acadêmicos entrevistados apresenta um ou mais sintomas da SI. Portanto, as universidades devem identificá-los, para fornecer suporte psicológico e prático para os alunos e, consequentemente, uma melhor formação acadêmica, livres de estigmas.
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