Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a obesidade como um acúmulo excessivo de gordura corporal capaz de causar danos à saúde. Clinicamente, essa condição é identificada quando o Índice de Massa Corporal (IMC) – que representa a relação entre o peso e a altura – é igual ou superior a 30 kg/m². Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de idade, podendo ser complementado com outros alimentos até os dois anos. O leite materno oferece diversos benefícios ao organismo infantil, incluindo proteínas, açúcares, vitaminas e minerais, além de numerosos componentes bioativos, como hormônios, fatores de crescimento, enzimas e células vivas Objetivo: Realizar uma revisão sobre os efeitos do aleitamento materno na prevenção da obesidade infantil Metodologia: Esta é uma revisão narrativa, na qual foram utilizados trabalhos pesquisados nas bases de dados bibliográficas PubMed e SciELO. Durante as buscas, foram empregadas as palavras-chave "Child obesity" e "Breastfeeding", utilizando-se o operador booleano "AND". A triagem inicial foi realizada a partir da leitura dos títulos, com a exclusão dos artigos duplicados nas bases de dados analisadas. Para garantir a qualidade e a efetividade textuais, foi realizada a leitura completa dos três artigos selecionados. Foram considerados apenas artigos originais e de revisão, escritos em inglês e português, de 2019-2024 Resultados e Discussão: De acordo com os estudos analisados, o aleitamento materno está associado a uma menor probabilidade de consumo de alimentos ricos em açúcares durante a infância. A interrupção do aleitamento materno, juntamente com a introdução de outros alimentos nos primeiros meses de vida, pode exercer um efeito negativo no desenvolvimento metabólico e nos níveis de metilação do DNA. Isso ocorre devido ao alto valor energético-proteico desses alimentos e à falta de regulação do gasto energético e da ingestão alimentar. A leptina, um hormônio presente no leite materno, está ausente nos alimentos processados, contribuindo para essa desregulação. Além disso, a duração da amamentação influencia o metabolismo e o controle do apetite em nível genético. Evidências indicam que bebês amamentados por períodos mais longos apresentam menor peso em comparação àqueles que foram introduzidos ao leite em pó precocemente. Da mesma maneira, estratégias de promoção da amamentação têm um considerável potencial para mitigar o sobrepeso infantil e prevenir outras comorbidades, como o diabetes mellitus Considerações Finais: Os estudos examinados indicam que o aleitamento materno exerce um efeito protetor na prevenção da obesidade infantil. Entretanto, foram identificadas limitações relacionadas ao tamanho da amostra, à duração e quantidade de leite materno fornecido, evidenciando a necessidade de investigações adicionais sobre o assunto em estudos futuros.
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica