Introdução: A diabetes tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica crônica caracterizada pela resistência à insulina e/ou pela deficiência na produção de insulina pelo pâncreas, resultando em hiperglicemia. É uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, associada a complicações como doenças cardiovasculares, neuropatia, nefropatia e retinopatia. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para a gestão eficaz da doença e prevenção de complicações. Objetivos: Este estudo tem como objetivo revisar as abordagens atuais para o diagnóstico e tratamento da diabetes tipo 2, destacando os métodos de diagnóstico, as opções terapêuticas disponíveis e as diretrizes mais recentes para o manejo da doença. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando bases de dados científicas como PubMed, Scielo e Google Scholar. Foram incluídos artigos publicados entre 2015 e 2023 que abordam o diagnóstico e tratamento da diabetes tipo 2. Os critérios de inclusão abrangeram estudos clínicos, revisões sistemáticas e diretrizes de organizações de saúde reconhecidas. Os dados foram analisados qualitativamente para sintetizar as práticas atuais e emergentes na gestão da diabetes tipo 2. Resultados: O rastreio para DM é indicado quando o paciente tem manifestações clínicas como poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso e parestesia ou na presença de fatores de risco como diabetes gestacional prévia, obesidade, doença cardiovascular e DM2 em parentes de primeiro grau. O diagnóstico será confirmado com exames laboratoriais a partir da alteração de dois valores, podendo ser usado dois exames ou o mesmo exame em momentos diferentes. Os valores de referência para o diagnostico são glicose em jejum ? 126 mg/dL, teste de hemoglobina A1c ? 6,5% e teste de tolerância à glicose oral (TTGO) ? 200 mg/dL após 2 horas do teste. Existem algumas estratégias de tratamento para DM2 divididas em dois grupos, não farmacológicas e farmacológicas, com o objetivo principal de controle da glicemia para prevenir as complicações. A terapia não farmacológica inclui aderir uma alimentação saudável, exercício físico, cessar o tabagismo e controle do peso. O manejo farmacológico tem a sua disposição os antidiabéticos orais divididos em biguanidas, como a metformina, sulfoniluréias que são secretagogos de insulina, glitazonas, inibidores de DPP-4, análogos de GLP-1, inibidores de SGLT-2 e inibidores da ?–glicosidase, devido a variedade entre os antidiabéticos orais um plano de tratamento mais individualizado é possível e a insulina pode vir a ser necessária e é uma opção de tratamento importante devido a resistência à insulina, também pode ser usada em casos em que os medicamentos orais não estão obtendo uma resposta satisfatória, quadros descompensados e não adesão ao tratamento. Conclusão: Portanto, a DM2 possui etiologia multifatorial sendo o estilo de vida um ponto crítico tanto para os fatores de risco quanto para o tratamento, sua fisiopatologia tem como característica a resistência à insulina e/ou deficiência na produção de insulina pelo pâncreas, resultando em hiperglicemia. O diagnóstico precoce se faz essencial para o início do tratamento com o intuito de reduzir o risco de complicações. O tratamento é multifacetado incluindo medidas farmacológicas e não farmacológicas. Sendo assim, é necessário ressaltar a prevenção da DM2 para redução de mortalidade, complicações e melhora da qualidade de vida do indivíduo.
Palavras-Chave: Diabetes; Diagnóstico; Tratamento
E-mail do autor principal: kiimn@hotmail.com
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