RESUMO: A psicose é uma das experiências existenciais mais dolorosas e perturbadoras, considerada estranha aos nossos padrões habituais de vida, a experiência de receber tratamentos psiquiátricos, entendida como uma jornada duradoura de reconstrução do sentido de personalidade, por isso a Atenção Primária à Saúde (APS) é um âmbito de recebimento para pessoas em sofrimento crônico e de importante significado para manejo do tratamento desses pacientes. O objetivo deste trabalho original é realizar uma revisão de literatura sobre a psicose na APS. Este artigo original é embasado como uma revisão bibliográfica, foi elaborada pelo acesso às plataformas científicas: Scielo, LILACS, Pubmed, Biblioteca Virtual da Saúde, Frontiers, Nature. Os antipsicóticos usados na terapêutica desses pacientes na APS podem ser categorizados como antipsicóticos típicos ou atípicos, mas todos partilham um mecanismo de ação comum como o antagonismo do receptor D2 da dopamina, considerados eficazes contra sintomas positivos. Os receptores de dopamina (DA) participam em excitação, processamento sensorial, comportamento motor. Os antipsicóticos atípicos foram considerados eficazes não apenas contra os sintomas positivos, mas também contra os sintomas negativos da esquizofrenia, com menos efeitos colaterais motores extrapiramidais, são eficazes também na depressão no transtorno afetivo bipolar (TAB), e não na depressão unipolar. A APS permite ao usuário de seus serviços opções diversas de várias estruturas que permitem a reintegração do paciente e principalmente a organização e controle de suas funções psíquicas e do seu Ego. Conclui-se que a APS é um elemento fundamental para o paciente psiquiátrico, no entanto, ainda se tornam necessários espaços de reflexão, educação permanente nos serviços públicos de saúde.
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