RESUMO: A avaliação e monitoramento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são essenciais para promover intervenções eficazes. Equipes multiprofissionais, compostas por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e pedagogos, utilizam diversas ferramentas e métodos com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento dessas crianças e ajustar intervenções conforme necessário. O objetivo geral deste trabalho é analisar as principais ferramentas e métodos que a equipe multiprofissional emprega para avaliar e monitorar o progresso em crianças com TEA. A metodologia utilizada englobou uma revisão de literatura, selecionando artigos publicados entre 2019 e 2023 das bases de dados PubMed, Scopus e SciELO. Foram incluídos estudos que abordavam a utilização de métodos de avaliação padronizados, técnicas de observação direta e instrumentos de autorrelatos. Os resultados indicaram que os métodos mais frequentemente utilizados incluem a Escala de Observação para Diagnóstico de Autismo (ADOS), a Entrevista de Diagnóstico para Autismo Revisada (ADI-R) e o Sistema de Avaliação de Habilidades Básicas (VB-MAPP). Ferramentas tecnológicas como aplicativos e software de análise comportamental também têm sido incorporadas ao monitoramento. A observação direta em ambiente natural e a comunicação contínua entre os profissionais da equipe são essenciais para ajustar as intervenções de acordo com a evolução individual da criança. A discussão dos dados revelou que a integração de metodologias qualitativas e quantitativas melhora a sensibilidade da avaliação e permite um plano de intervenção mais personalizado. Além disso, a colaboração constante entre os membros da equipe multiprofissional é crucial para um acompanhamento eficaz e para a adaptação de estratégias de intervenção ao longo do tempo. Na conclusão, observa-se que a utilização de ferramentas padronizadas, combinada com avanços tecnológicos e um trabalho colaborativo entre diferentes profissionais, oferece um suporte robusto para avaliar e monitorar o progresso de crianças com autismo. Esse processo contínuo é fundamental para a implementação de intervenções adaptativas e eficazes.
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