A sepse é uma condição inflamatória grave que frequentemente acomete pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), associando-se a altas taxas de mortalidade. O diagnóstico precoce é crucial para otimizar o manejo terapêutico, e os biomarcadores inflamatórios têm emergido como ferramentas promissoras para essa finalidade. Este estudo explora o papel de biomarcadores como a procalcitonina (PCT), proteína C-reativa (PCR), interleucinas (IL-6, IL-8) e outros mediadores inflamatórios no diagnóstico precoce da sepse em pacientes críticos. A pesquisa consistiu em uma revisão narrativa da literatura, enfocando ensaios clínicos e metanálises recentes que avaliaram a eficácia desses biomarcadores na identificação precoce de infecção e evolução para sepse. Os resultados indicam que a combinação de biomarcadores pode aumentar a sensibilidade e especificidade no diagnóstico precoce, permitindo intervenções terapêuticas mais oportunas e assertivas. A PCT, por exemplo, tem se destacado por sua correlação com a gravidade da infecção, enquanto IL-6 e IL-8 mostram-se úteis na avaliação da resposta inflamatória sistêmica. Apesar desses avanços, o uso de biomarcadores enfrenta limitações como a variabilidade de resultados e a falta de padronização nos protocolos de utilização. Conclui-se que, embora os biomarcadores inflamatórios representem uma estratégia promissora no diagnóstico precoce da sepse, sua aplicação rotineira nas UTIs ainda demanda uma maior consolidação de evidências clínicas e ajustes nos protocolos de manejo.
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