Introdução: ??A semaglutida, um agonista do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), tem se destacado no tratamento do diabetes tipo 2 devido ao seu efeito hipoglicemiante. No entanto, seu uso também está associado a eventos adversos gastrointestinais (EAG), o que suscita a necessidade de uma análise detalhada sobre a segurança e tolerabilidade da semaglutida em comparação com outros agonistas do receptor GLP-1. Objetivo: Este resumo tem como objetivo avaliar os efeitos adversos da semaglutida e outros GLP-1 RAs em relação à ocorrência de sintomas gastrointestinais, metabólicos e psiquiátricos. Metodologia: A metodologia envolveu uma revisão sistemática de estudos clínicos e farmacovigilância, incluindo os trabalhos de Liu et al. (2022), Bettge et al. (2017), Sun et al. (2012), He et al. (2024) e Chen et al. (2024), analisando relatos de eventos adversos associados ao uso de GLP-1 RAs. A pesquisa abrangeu a ocorrência, intensidade e características dos eventos adversos em diferentes subgrupos de pacientes. Resultados: Os resultados indicaram que a semaglutida apresentou um risco aumentado para náusea, diarréia, vômitos e constipação, com uma incidência mais elevada em comparação a outros GLP-1 RAs, como liraglutida e dulaglutida. O risco de EAG é dose-dependente e influenciado pelo tratamento de base, como o uso concomitante de metformina. Além disso, a relação entre doses de exenatida e liraglutida e a incidência de grandes eventos adversos gastrointestinais, reforçando a necessidade de alertar os pacientes sobre esses efeitos logo no início do tratamento. Os estudos mostraram que a semaglutida, junto com a liraglutida, é mais suscetível a causar desidratação, um fator que requer atenção especial durante a terapia. Os achados ressaltam a importância da vigilância e monitoramento contínuo dos efeitos adversos durante o tratamento com GLP-1 RAs, especialmente a semaglutida, devido ao seu perfil de eventos adversos gastrointestinais e psiquiátricos. Conclusão: Apesar dos benefícios no controle glicêmico e na perda de peso, os GLP-1 RAs, principalmente a semaglutida, apresentam um risco considerável de eventos adversos que variam conforme a dose, o tratamento de base e o perfil do paciente. É fundamental que os profissionais de saúde estejam cientes dessas potenciais complicações para um gerenciamento de risco adequado e intervenções precoces, visando melhorar a tolerabilidade e a adesão ao tratamento em longo prazo.
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