A obesidade infantil é uma questão de saúde pública global que afeta milhões de crianças, sendo considerada uma epidemia. O aumento das taxas de obesidade é alarmante, pois está associado a problemas de saúde como diabetes tipo 2, hipertensão e distúrbios psicológicos. Nesse contexto, as políticas públicas são fundamentais para a prevenção e redução da obesidade infantil, com diversas estratégias sendo implementadas. Entre elas, destaca-se a promoção de hábitos alimentares saudáveis, por meio de programas de merenda escolar balanceada e a restrição da publicidade de alimentos ultraprocessados voltados para crianças. A metodologia deste estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, de caráter descritivo e abordagem qualitativa. As buscas foram realizadas na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, com ênfase em bases de dados como MEDLINE, LILACS e Scielo. Utilizaram-se Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) como Atenção Primária à Saúde, Obesidade Pediátrica e Política Pública. Os critérios de inclusão foram artigos completos e disponíveis na íntegra em português, inglês e espanhol, enquanto os critérios de exclusão abrangeram artigos incompletos e aqueles que não atendiam à temática proposta. Ao final, foram selecionados seis artigos relevantes para a análise qualitativa. Os resultados destacam que a obesidade infantil é um problema crescente no Brasil, exigindo políticas públicas eficazes. A APS desempenha um papel crucial na prevenção e controle da obesidade, focando na promoção de hábitos saudáveis e na identificação precoce de riscos. A educação em saúde é uma das principais estratégias, com profissionais orientando crianças e famílias sobre alimentação saudável e atividade física. Programas de acompanhamento nutricional e a criação de parcerias entre a APS e escolas são essenciais para potencializar os resultados. Além disso, a capacitação contínua dos profissionais de saúde e a consideração dos determinantes sociais são fundamentais para abordar as desigualdades que contribuem para a obesidade infantil. Nesse sentido, a redução da obesidade infantil requer ações coordenadas de políticas públicas, destacando o papel da APS como estratégia eficaz. A integração de ações de prevenção e promoção à saúde, juntamente com a educação e monitoramento, pode resultar em melhorias significativas nos hábitos de vida das crianças. É crucial que essas políticas sejam sustentáveis e que envolvam a colaboração de escolas, famílias e comunidades, promovendo um ambiente que favoreça a saúde e bem-estar infantil. As políticas devem focar em garantir acesso a alimentos saudáveis e espaços para a prática de atividades físicas, mitigando assim as desigualdades sociais e melhorando a qualidade de vida das futuras gerações.
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