A bronquiolite, infecção respiratória comum em crianças, especialmente lactentes, é frequentemente causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). A condição provoca inflamação nos brônquios e bronquíolos, resultando em sintomas como tosse, dificuldade para respirar, chiado e, ocasionalmente, febre. A incidência é maior no outono e inverno. Os sinais clínicos variam em gravidade, desde sintomas leves semelhantes aos de um resfriado até casos que requerem atenção médica urgente. Fatores de risco incluem prematuridade e doenças pulmonares pré-existentes. A abordagem multiprofissional é vital no manejo, com a atuação de pediatras, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros, para garantir um tratamento adequado. Esta revisão sistemática da literatura buscou analisar a eficácia de protocolos de atendimento multiprofissional para crianças com bronquiolite, seguindo diretrizes do PRISMA. A pesquisa formulou a pergunta central sobre a eficácia desses protocolos em comparação com abordagens tradicionais. Foram incluídos estudos originais que abordassem a eficácia de práticas multiprofissionais e que apresentassem desfechos clínicos mensuráveis. A busca foi realizada em bases de dados eletrônicas, limitando-se a publicações de 2018 a 2023. A seleção dos estudos envolveu duas etapas de análise por revisores independentes, e os dados foram extraídos sistematicamente para análise qualitativa. A análise revelou que a abordagem multiprofissional é fundamental na gestão da bronquiolite, permitindo uma triagem eficaz e intervenções terapêuticas coordenadas. O monitoramento contínuo e a comunicação entre os profissionais são cruciais para a resposta rápida ao estado da criança. Intervenções respiratórias e nutrição são essenciais para a recuperação, assim como o suporte emocional para crianças e familiares. A educação em saúde para os pais também se mostrou importante para um cuidado efetivo. Os indicadores de desfechos clínicos demonstraram que a colaboração multiprofissional melhora os resultados e a experiência das famílias. A análise dos protocolos de atendimento para bronquiolite indica resultados promissores, mas revela lacunas que necessitam de mais pesquisas. A diversidade nos protocolos sugere a necessidade de padronização para garantir uniformidade nos cuidados. A avaliação de impactos a longo prazo e a perspectiva dos familiares são áreas que requerem mais investigação. A continuidade dos estudos é vital para a evolução dos protocolos, assegurando um atendimento mais eficaz e humanizado para crianças afetadas e suas famílias.
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