A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca sustentada mais comum, podendo ocorrer isoladamente ou em associação com diversas comorbidades. Este distúrbio é um fator de risco significativo para eventos tromboembólicos, sendo responsável por um aumento expressivo na incidência de acidente vascular cerebral isquêmico e outros eventos clínicos graves. Entre os principais fatores de risco para FA, destacam-se hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, diabetes mellitus, doença pulmonar crônica, consumo excessivo de álcool, obesidade e síndrome metabólica. As diretrizes atuais para o manejo da FA são baseadas em três pilares fundamentais, conhecidos como o "ABC da FA": (A) prevenção de eventos embólicos (Avoid Stroke), (B) controle dos sintomas (Better symptom control), e (C) manejo das comorbidades (Comorbidities). OBJETIVO: O objetivo desta revisão é sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre a fibrilação atrial, discutir os avanços recentes no tratamento da FA e examinar os desafios clínicos e as perspectivas futuras no manejo desta condição. METO, DOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com a seleção de artigos publicados entre 2014 e 2024. As bases de dados consultadas incluíram Scielo, BVS, Google Acadêmico, Mendeley e PubMed. Os critérios de inclusão envolveram a relevância dos artigos para o tema, data de publicação, idioma (português e inglês), e a profundidade das discussões relacionadas à fibrilação atrial. RESULTADOS: A análise resultou na seleção de 10 artigos que atenderam aos critérios estabelecidos, fornecendo as informações mais pertinentes e abrangentes sobre o tema. Os estudos selecionados abordaram avanços terapêuticos, novas diretrizes clínicas e estratégias de manejo para a FA, com destaque para as evidências sobre a importância da abordagem individualizada e integrada para o controle da arritmia e suas comorbidades. CONCLUSÃO: A fibrilação atrial é uma condição complexa que requer
estratégias diagnósticas e terapêuticas personalizadas. Abordagens integradas, como o protocolo "Fibrilação Atrial ABC", combinam anticoagulação e controle de comorbidades, trazendo benefícios na prevenção de complicações. A escolha cuidadosa dos anticoagulantes e o uso de ablação por cateter oferecem opções seguras e eficazes, especialmente em pacientes de alto risco. O avanço contínuo das tecnologias reforça a importância de uma abordagem colaborativa para melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida.
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