Introdução: O estímulo psicomotor desempenha um papel essencial no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), demandando uma abordagem integrada e interprofissional. O trabalho colaborativo entre diferentes áreas da saúde, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, pedagogos e outros profissionais, é fundamental para promover intervenções efetivas e personalizadas. Essa sinergia permite a criação de estratégias adaptadas às necessidades individuais, favorecendo o desenvolvimento motor, cognitivo e social das crianças. Além disso, a capacitação contínua das equipes interprofissionais é um pilar central para garantir a qualidade das intervenções, promovendo práticas baseadas em evidências e maior adesão aos planos terapêuticos integrados. Objetivo: Avaliar o impacto da sinergia interprofissional e do estímulo psicomotor no desenvolvimento de crianças com TEA, enfatizando a importância da capacitação das equipes para melhorar os resultados terapêuticos. Metodologia: Este estudo consistiu em uma revisão sistemática da literatura, realizada em bases de dados como PubMed, Scopus e SciELO. Foram analisados artigos publicados nos últimos cinco anos, com foco em intervenções interprofissionais que utilizassem estímulos psicomotores para crianças com TEA. Os critérios de inclusão consideraram estudos que apresentassem dados sobre a eficácia dessas intervenções, as estratégias utilizadas para integração das equipes e os desafios enfrentados no contexto clínico e educacional. Artigos em inglês, português ou espanhol foram incluídos, e estudos sem dados originais ou fora do período analisado foram excluídos. Resultados e discussão: Os resultados demonstraram que o estímulo psicomotor, quando aplicado por equipes interprofissionais, tem impactos positivos significativos no desenvolvimento de crianças com TEA. Programas que envolvem atividades como exercícios sensoriais, jogos motores e práticas interativas promoveram melhorias nas habilidades motoras, na regulação emocional e na interação social. A integração de diferentes profissionais permitiu uma abordagem mais abrangente e eficaz, com intervenções ajustadas às necessidades individuais das crianças. Além disso, a capacitação regular das equipes foi apontada como essencial para o sucesso das intervenções. Treinamentos em técnicas específicas, como terapia ocupacional sensorial e estratégias pedagógicas adaptadas, favoreceram uma maior adesão às práticas recomendadas e melhoraram a comunicação entre os profissionais. No entanto, desafios como a falta de recursos, a sobrecarga das equipes e a dificuldade de implementar programas personalizados foram identificados como barreiras a serem superadas. Conclusão: A sinergia interprofissional e o estímulo psicomotor são componentes indispensáveis para o desenvolvimento de crianças com TEA. A colaboração entre diferentes áreas da saúde e educação, aliada à capacitação contínua das equipes, potencializa os resultados das intervenções, promovendo um cuidado mais integrado e eficaz. Investimentos em políticas institucionais que incentivem treinamentos regulares e em estratégias inovadoras são necessários para ampliar o alcance dessas práticas e enfrentar os desafios identificados. Estudos futuros devem explorar abordagens personalizadas e soluções tecnológicas que possam complementar o trabalho interprofissional e otimizar o desenvolvimento infantil no contexto do TEA.
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica