RESUMO: A musicoterapia tem sido amplamente reconhecida como uma intervenção terapêutica eficaz, especialmente em unidades neonatais, no cuidado aos recém-nascidos prematuros. Este estudo teve como objetivo investigar o papel da musicoterapia no desenvolvimento neurológico de recém-nascidos prematuros, focando nos efeitos fisiológicos dessa prática. A metodologia adotada foi uma revisão sistemática da literatura, com análise de artigos publicados entre 2019 e 2024 nas bases de dados MEDLINE, LILACS, SCIELO e PUBMED, utilizando os descritores “musicoterapia”, “recém-nascido prematuro” e “sinais vitais”. A pesquisa identificou 30 artigos, dos quais sete foram selecionados com base em critérios de inclusão e exclusão. Os resultados indicam que a musicoterapia tem efeitos positivos no aumento da saturação de oxigênio, na estabilização da frequência cardíaca e respiratória, na redução do estresse e no ganho de peso dos recém-nascidos prematuros. Além disso, observou-se que a intervenção também promove a interação entre pais e filhos, o que fortalece o vínculo afetivo e auxilia na adaptação emocional dos familiares. A conclusão do estudo aponta que a musicoterapia é uma intervenção complementar eficaz no cuidado a recém-nascidos prematuros, sendo capaz de melhorar as respostas fisiológicas e promover a humanização do atendimento nas unidades de terapia intensiva neonatal. Sugere-se, portanto, que seja integrada nas práticas clínicas como uma estratégia de apoio no cuidado intensivo neonatal, além de incentivar novas pesquisas que aprofundem ainda mais os benefícios dessa prática no desenvolvimento neurológico dos prematuros.
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica