As infecções pós-cirúrgicas (IPC) representam um desafio significativo à saúde pública, sendo responsáveis por até 30% das infecções hospitalares. Este capítulo explora as práticas atuais de prevenção e manejo, destacando a profilaxia antimicrobiana, biomarcadores para diagnóstico precoce e o papel de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e bacteriófagos. A administração de antibióticos, especialmente cefalosporinas de primeira geração, entre 60 e 120 minutos antes da cirurgia, é eficaz, mas enfrenta desafios de adesão, particularmente em contextos de baixa renda. Biomarcadores como procalcitonina e PCR auxiliam no diagnóstico precoce, enquanto ferramentas baseadas em inteligência artificial permitem monitoramento clínico em tempo real, reduzindo complicações. A resistência antimicrobiana surge como um obstáculo crítico, exigindo o uso racional de antibióticos e investimentos em novas terapias. Estratégias inovadoras incluem o uso de nanopartículas antimicrobianas e tecnologias vestíveis, capazes de detectar alterações em feridas cirúrgicas. Contudo, a implementação dessas soluções enfrenta barreiras financeiras e operacionais, especialmente em países com recursos limitados. O capítulo conclui que a integração de tecnologias emergentes com abordagens clínicas tradicionais pode melhorar significativamente os desfechos de IPC. Contudo, é necessário fortalecer políticas públicas, realizar estudos clínicos abrangentes e garantir equidade no acesso a inovações, promovendo uma assistência cirúrgica mais segura e eficiente.
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