Introdução: O ácido fólico desempenha um papel crucial na saúde materna e no desenvolvimento fetal, sendo amplamente reconhecido por prevenir defeitos do tubo neural. Estudos recentes destacam sua relação com a redução de transtornos neuropsiquiátricos, como o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A suplementação adequada requer uma abordagem integrada, envolvendo ginecologistas, nutricionistas e outros profissionais da saúde para conscientizar gestantes e promover práticas preventivas baseadas em evidências. Objetivo: Analisar o papel do ácido fólico na redução do risco de transtornos neuropsiquiátricos infantis. Metodologia: O estudo consistiu em uma revisão sistemática da literatura realizada para responder à questão: "A suplementação de ácido fólico durante a gestação reduz o risco de transtornos neuropsiquiátricos na infância?" Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scopus e SciELO, utilizando descritores como: Ácido fólico, Desenvolvimento infantil e Transtornos neuropsiquiátricos, combinados por operadores booleanos. Foram incluídos estudos publicados entre 2019 e 2024, em inglês, português ou espanhol, que apresentassem dados quantitativos sobre a suplementação de ácido fólico no primeiro trimestre e sua relação com transtornos neuropsiquiátricos. Estudos com gestantes saudáveis ou em condições de risco foram considerados, desde que a suplementação fosse a variável principal. Foram excluídos artigos que não apresentavam dados originais ou abordassem outras condições de saúde materna sem relacioná-las aos transtornos neuropsiquiátricos. A triagem dos estudos ocorreu em duas etapas: análise de títulos e resumos, seguida da leitura completa dos textos selecionados. Os dados extraídos incluíram desenho do estudo, tamanho da amostra, métodos de suplementação e resultados relacionados à saúde mental infantil. Resultados e discussão: Os resultados mostraram que a suplementação no primeiro trimestre reduz significativamente o risco de TEA e TDAH, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e comportamental. A integração interprofissional foi essencial para criar estratégias educativas e aumentar a adesão das gestantes. Entretanto, desafios como desinformação e acesso limitado a suplementos foram recorrentes, indicando a necessidade de políticas públicas mais acessíveis e treinamentos contínuos. Conclusão: A suplementação de ácido fólico durante a gestação não apenas previne defeitos do tubo neural, mas também reduz o risco de transtornos neuropsiquiátricos. A integração interprofissional e ações educativas são fundamentais para superar barreiras e garantir um desenvolvimento infantil mais saudável.
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