RESUMO:
Introdução: As infecções virais estão entre as principais causas de morbimortalidade na infância,
representando um desafio contínuo para a saúde pública mundial. Essas doenças afetam sobretudo
lactentes e crianças pequenas, em razão da imaturidade imunológica, podendo variar de quadros leves e
autolimitados a complicações graves e fatais. Entre as infecções de maior relevância encontram-se a
COVID-19, o vírus sincicial respiratório (VSR), a bronquiolite viral aguda, a doença mão-pé-boca
(DMPB) e o vírus Zika. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura nas
bases PubMed e SciELO, com seleção de artigos publicados entre 2015 e 2025, em inglês e português,
disponíveis em texto completo. Foram incluídos revisões sistemáticas, revisões narrativas, estudos
observacionais e editoriais que abordassem epidemiologia, manifestações clínicas, complicações,
manejo e prevenção das principais infecções virais pediátricas. Foram excluídos artigos sem relação
direta com infecções pediátricas, relatos de caso isolados e publicações duplicadas. Discussão: As
infecções respiratórias, como a bronquiolite e o VSR, são as principais causas de hospitalização em
lactentes, representando elevado ônus clínico e econômico. A doença mão-pé-boca, antes considerada
benigna, hoje é reconhecida como potencialmente grave, podendo cursar com complicações
neurológicas. O Zika vírus destacou-se por sua associação com malformações congênitas, tornando-se
um problema persistente mesmo após a redução dos surtos epidêmicos. Já a COVID-19 modificou a
epidemiologia das doenças virais na infância, com impacto direto na circulação de outros patógenos e
desafios no enfrentamento da desinformação e da hesitação vacinal. Além disso, novas estratégias
terapêuticas, como anticorpos monoclonais e vacinas, têm mostrado impacto promissor no controle
dessas doenças. Conclusão: As infecções virais comuns na infância exigem condutas individualizadas
e baseadas em evidências, levando em consideração fatores clínicos, epidemiológicos e sociais. Apesar
de avanços significativos, não há soluções universais, reforçando a necessidade de protocolos
multiprofissionais, vigilância epidemiológica contínua e mais estudos de longo prazo para o manejo
ideal dessas doenças em diferentes contextos populacionais.
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