RESUMO:
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como hipertensão, diabetes, câncer e
doenças cardiovasculares, configuram-se como a principal causa de mortalidade e incapacidade no
mundo, associadas a elevados custos sociais e econômicos. Apesar dos avanços em políticas públicas e
na atenção primária, a prevalência das DCNTs segue crescente, impulsionada por fatores de risco
modificáveis, como tabagismo, inatividade física, dieta inadequada e consumo excessivo de álcool.
Nesse cenário, a promoção da saúde e a prevenção constituem estratégias centrais para reduzir a carga
dessas doenças e promover maior equidade em saúde. Objetivos: Revisar as evidências disponíveis
sobre estratégias de promoção da saúde e prevenção das DCNTs, analisando intervenções comunitárias,
políticas públicas, vigilância epidemiológica, uso de tecnologias digitais e programas de autogestão,
bem como seus impactos em desfechos clínicos e sociais. Materiais e Métodos: Foi realizada uma
revisão narrativa nas bases PubMed e SciELO, utilizando os descritores “doenças crônicas não
transmissíveis”, “promoção da saúde” e “prevenção”. Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e
2025, abrangendo ensaios clínicos, revisões sistemáticas, diretrizes, relatórios técnicos e estudos
observacionais em inglês e português, disponíveis em texto completo. Resultados e Discussão: Os
estudos apontaram que estratégias multissetoriais são mais eficazes do que ações isoladas, destacando-
se a integração entre políticas públicas, atenção primária e participação comunitária. Intervenções de
promoção da saúde baseadas em educação populacional, ambientes favoráveis e incentivo à prática de
atividade física mostraram impacto positivo na redução de fatores de risco. O uso de tecnologias digitais,
como telemedicina e monitoramento remoto, ampliou o acesso e a adesão às práticas preventivas,
especialmente em populações vulneráveis. Além disso, a vigilância epidemiológica moderna, com
sistemas de dados integrados, foi apontada como ferramenta essencial para orientar políticas e direcionar
recursos. Conclusão: Não existe uma estratégia única capaz de responder ao desafio das DCNTs. A
efetividade depende da combinação de ações personalizadas, políticas públicas consistentes e inovação
tecnológica. A escolha e implementação das intervenções devem ser adaptadas ao perfil epidemiológico
e às condições socioeconômicas de cada população, com foco no fortalecimento da atenção primária e
na redução das desigualdades em saúde.
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