RESUMO:
Introdução: A resistência insulínica (RI) é um distúrbio metabólico caracterizado pela redução
da resposta dos tecidos-alvo à insulina, associada a alterações inflamatórias e metabólicas que
favorecem o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Estudos demonstram que a
RI constitui fator de risco independente para aterosclerose, insuficiência cardíaca e eventos
trombóticos, mesmo em indivíduos não diabéticos. Objetivos: Revisar a literatura sobre a
relação entre resistência insulínica e DCV, discutindo mecanismos fisiopatológicos, fatores
associados, populações mais vulneráveis e estratégias de avaliação. Materiais e Métodos: Foi
realizada uma revisão integrativa nas bases de dados PubMed e SciELO, utilizando os
descritores “resistência insulínica”, “síndrome metabólica” e “doença cardiovascular”. Foram
incluídos artigos publicados entre 2015 e 2025, abrangendo ensaios clínicos, estudos
observacionais, revisões sistemáticas, meta-análises e diretrizes internacionais, em inglês e
português, disponíveis em texto completo. Resultados e Discussão: Estudos apontam que a RI
está diretamente ligada à inflamação crônica de baixo grau, disfunção endotelial, obesidade e
alterações hormonais, com impacto na progressão da aterosclerose e na maior prevalência de
eventos cardiovasculares. Pacientes com obesidade, menopausa ou diabetes tipo 2 apresentam
maior susceptibilidade. Índices diagnósticos como HOMA-IR e TyG são ferramentas práticas
para rastreamento populacional. Conclusão: A resistência insulínica representa elo central
entre alterações metabólicas e DCV. O rastreamento precoce em grupos de risco e o uso de
estratégias diagnósticas simples podem contribuir para reduzir a morbimortalidade
cardiovascular associada:
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