RESUMO:
Introdução: A pancreatite crônica (PC) é uma condição inflamatória irreversível do pâncreas
que leva à fibrose, perda da função exócrina e endócrina e desenvolvimento de complicações
metabólicas e nutricionais graves. O álcool e o tabagismo têm sido amplamente reconhecidos
como fatores etiológicos e agravantes dessas doenças, influenciando diretamente sua
fisiopatologia, progressão e desfechos clínicos. Objetivos: Avaliar o impacto do tabagismo e
do consumo de álcool sobre a fisiopatologia, evolução e gravidade das doenças pancreáticas
crônicas, analisando os mecanismos de interação entre esses fatores e suas implicações clínicas.
Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases PubMed,
SciELO e BVS, abrangendo publicações entre 2015 e 2025, em inglês e português. Foram
incluídos estudos originais, revisões sistemáticas e meta-análises que relacionassem o consumo
de álcool e o tabagismo ao desenvolvimento de pancreatite crônica. Resultados e Discussão:
A análise dos estudos demonstrou uma relação dose-dependente e sinérgica entre o consumo
de álcool e o tabagismo na indução e agravamento da pancreatite, destacando a importância de
medidas preventivas e programas de cessação. Além disso, observou-se associação significativa
com piora da qualidade de vida, complicações metabólicas e aumento da mortalidade.
Conclusão: O controle do tabagismo e a redução do consumo de álcool são medidas
fundamentais para prevenir a progressão da pancreatite e suas complicações, devendo ser
priorizadas em programas de saúde pública e acompanhamento clínico de risco.
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