RESUMO:
Introdução: A imagem pré-operatória é fundamental no planejamento das cirurgias
otorrinolaringológicas, pois permite identificar alterações anatômicas e estruturais que influenciam
diretamente a escolha da técnica cirúrgica. Na cirurgia do implante coclear, a tomografia
computadorizada de alta resolução (TCAR) do osso temporal possibilita avaliar a anatomia coclear,
a presença de malformações e a relação com o nervo facial, auxiliando na previsão da complexidade
do procedimento. Nas cirurgias endoscópicas paranasais, a tomografia computadorizada (TC) dos
seios da face fornece informações importantes sobre variações anatômicas e obstruções que impactam
a via de acesso e o risco de complicações. Materiais e Métodos: Revisão narrativa baseada em cinco
artigos recentes que abordam o papel da TCAR, TC e ressonância magnética (RM) na definição da
abordagem cirúrgica em otorrinolaringologia. Resultados e Discussão: A TCAR do osso temporal
auxilia na escolha do tipo de eletrodo, no planejamento do acesso cirúrgico e na redução de riscos
durante o implante coclear. A RM complementa a avaliação em casos com suspeita de ossificações
ou fibrose coclear. Nas cirurgias dos seios paranasais, a TC permite mapear variações como células
de Onodi e de Haller, concha bolhosa e desvios septais complexos, aspectos fundamentais para
prevenir complicações orbitárias ou intracranianas. Em procedimentos para correção de obstrução
nasal, a imagem contribui para avaliar alterações estruturais e definir intervenções mais precisas,
aumentando a segurança e a previsibilidade cirúrgica. Conclusão: A utilização sistemática de exames
de imagem no pré-operatório melhora o planejamento cirúrgico, reduz riscos intraoperatórios e
favorece melhores resultados funcionais em cirurgias otorrinolaringológicas. A análise minuciosa de
TCAR, TC e RM torna-se, assim, essencial para práticas cirúrgicas mais seguras e eficazes.
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