INTRODUÇÃO: Os músculos do assoalho pélvico- (MAP) possuem importantes funções e uma de suas principais e essenciais é o suporte e sustentação de órgãos pélvicos durante a gravidez e pós parto. A gestação ocasiona mudanças que se apresentam ao longo do período gestacional e perduram até o puerpério e essas alterações podem gerar disfunções na MAP, no pós parto outro período que pode ser causado por uma série de fatores como; trauma de parto; lacerações e fatores de riscos pessoais. A gravidez e o parto são os principais fatores de risco para o comprometimento da funcionalidade do assoalho pélvico, pois suas mudanças influenciam no surgimento de disfunções dessa região.O prolapso de órgãos pélvicos, incontinência urinária de esforço e dor pélvica crônica. Mudança de peso, fatores hormonais entre eles a elevação dos níveis de relaxina e progesterona levando o enfraquecimento dos músculos pélvicos, que engloba uma variedade de disfunções, são questões que afetam a qualidade de muitas mulheres. OBJETIVO: Avaliar o que a literatura apresenta sobre as disfunções dos músculos do assoalho pélvico no ciclo gravídico-puerperal, visando compilar, analisar e sintetizar informações relevantes para melhor entendimento. MÉTODO: O método proposto neste estudo se refere a uma revisão de literatura do tipo integrativa. A busca ocorreu na Scielo, Pubmed, Medline e BVS, com os descritores: Assoalho Pélvico; Distúrbios do Assoalho Pélvico e mulheres grávidas, em português e em Inglês, cruzados pelo “AND”. Os artigos foram selecionados entre os anos de 2020 a 2024, dentro da temática proposta e como critérios de exclusão artigos que não fossem encontrados na íntegra. RESULTADOS: Os estudos demonstram que a gestação resulta em alterações no corpo da mulher e foi observado uma alta prevalência de disfunções do assoalho pélvico seja por fatores mecânicos e bioquímicos, principalmente pós gestação, como: incontinências urinária e fecal; dores pélvicas; disfunções sexuais como dor durante a relação ou ressecamento e, em determinados casos, prolapsos de órgãos pélvicos visto que durante certos partos podem ocorrer lesões desses músculos e tecidos, principalmente quando não bem preparado. Foi observada a prevalência de disfunções da MAP durante a gestação e pós parto em 92,86% das mulheres participantes das pesquisas divulgadas, apresentando distúrbios uroginecológicos, como a incontinência urinária (69,64%); constipação (46,43%); dor gênito pélvica e/ou flatos vaginais (62,50%) e prolapsos (37,50%). A incidência de disfunções ocorre independente da via de parto, porém, vale ressaltar que, a literatura apresenta maior prevalência em partos vaginais e em mulheres que tiveram múltiplas gestações e que não fizeram preparo da musculatura antes ou até durante a gravidez. CONCLUSÃO: Apesar de pouca quantidade de artigos encontrados advoga-se os resultados dos artigos primários versam que a complexidade e a prevalência dessas condições afetando uma proporção significativa de mulheres, eventos que ocorrem na gestação e pós gestação são fatores que tem principais influência nas disfunções dos músculos do assoalho pélvico, fazendo-se necessário a devida atenção do profissional da saúde sobre a prevenção, orientação e diagnóstico durante a gestação, trazendo benefícios na assistência da saúde da mulher.
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Ananda Coelho
Bruno Luiz De Souza
Beatriz Souza da Conceição
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