INTRODUÇÃO: Segundo Moura et al. (2017) a infecção do trato urinário (ITU) é a existência de micro-organismos infecciosos no sistema urinário. Arrais, Oliveira e Sousa (2017) afirmam que das infecções urinárias 70-88% estão relacionadas ao cateter vesical de demora, principalmente em ambiente de cuidados intensivos, aumentando o tempo de internação, custos e risco de morbimortalidade, sendo a enfermagem incumbida de combater e controlar infecções, lembrando que em idosos a infecção do trato urinário é um precursor comum de sepse. OBJETIVO: Conhecer as práticas seguras de enfermagem na sondagem vesical de demora para prevenir infecção do trato urinário. MATERIAL E METÓDOS: Revisão integrativa com artigos indexados na Biblioteca virtual de saúde, nas bases de dados da Literatura Cientifica e Técnica da América Latina e Caribes (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO) e manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Foram incluídos seis artigos com os critérios de inclusão: Publicados entre 2015 a 2018, em português, disponibilizado a versão completa, que englobaram o tema e objetivo. RESULTADOS: A sondagem vesical necessita de uma técnica asséptica exigente, além de higienização das mãos antes e depois do cateterismo e antissepsia da pele, prevenindo transmissão de micro-organismos (GUIMARÃES et al., 2015) Conforme Brasil (2017) é suspeito de infecção urinária se sintomática após dois dias de inserção da sonda vesical de demora ou quando retirado um dia antes da infecção, além de indicar que cateteres com prata ou antibióticos não reduzem probabilidade de infecção, já sonda folley de silicone tende a não depositar incrustações. Ainda conclui que são indicações para cateterismo: Ausência de micção espontânea; Instabilidade hemodinâmica necessitando de balanço hídrico; Pós operatório até 24h; Tratamento de lesão por pressão estágio IV em mulheres de difícil cicatrização devido a contato com urina. Chaves e Moraes (2015) declaram ser necessária uma fixação externa adequada da sonda no sexo masculino para evitar trauma, que causa hiperemia e sangramento, manter a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga, manter fluxo urinário livre de obstrução evitando dobras, fechamento da trava pós-banho impedindo o fluxo e a presença de coágulos que devem ser ordenhados. De acordo com Mattede et al. (2015) pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) com uso de antibióticos independente do espectro, são capazes de proporcionar o crescimento de fungos por seletividade da colonização do ambiente, sendo importante atentar para a possibilidade de introduzir um antifúngico profilático em pacientes de alto risco. Speranceta, Oselame e Oliveira (2016) orientam que a enfermagem deve atentar para composição dos resíduos no cateter/coletor, hipertermia, e desconexão de sonda e coletor que abre uma brecha para coleta de exame de urina em sistemas que não possuem a válvula de coleta, sendo necessária troca de todo o sistema e confirmação laboratorial. CONCLUSÕES: Observou-se a necessidade de um protocolo rígido de sondagem vesical de demora, onde o serviço de controle de infecção hospitalar atue com os enfermeiros desenvolvendo práticas singulares de indicação, manutenção, fixação, avaliação e educação permanente, garantindo um ambiente com menos riscos de infeção.
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Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
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