ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS: PRÁTICAS DE PREVENÇÃO DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS.

  • Autor
  • Marcelo Ferreira Gomes Filho
  • Co-autores
  • Kadidja Sayonara de Araújo
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: Pacientes sob cuidados intensivos em ventilação mecânica produzem secreções brônquicas, necessitando de aspiração endotraqueal utilizando técnica asséptica com uma sonda maleável conectada a vácuo e introduzida na via aérea avançada (tubo endotraqueal ou traqueostomia), precisando de cuidados para prevenir lesões de trajeto da sonda, pneumonia associada à ventilação mecânica e hipoxemia (LOPES et al., 2018)  OBJETIVO: Compreender as práticas de enfermagem na aspiração de vias aéreas que previnem lesões respiratórias. MATERIAL E METÓDO: Revisão integrativa com artigos indexados na Biblioteca virtual de saúde, nas bases de dados da Literatura Cientifica e Técnica da América Latina e Caribes (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO), manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Foram incluídos seis artigos com os critérios de inclusão: Publicados entre 2014 a 2018, em português, disponibilizado a versão completa, que englobaram o tema e objetivo. RESULTADOS: Segundo a Resolução COFEN 557/2017 é privativo do enfermeiro aspirar paciente grave, pois necessita de conhecimento científico e se necessário tomar decisões imediatas. Balbino et al. (2016) cita que o tubo orotraqueal impossibilita a defesa do trato respiratório de filtrar, umidificar e aquecer o ar, que é um precursor de acumulo de secreção. Sendo necessário conforme avaliação aspirar a via aérea quando houver ruído no tubo, ausculta pulmonar ruidosa, observar secreção e quando houver queda de saturação de oxigênio. O sistema de aspiração aberto é mais frequentemente utilizado e de baixo custo, porém permite contaminação devido a desconexão do sistema, enquanto o sistema de aspiração fechado (Trach care) reduz chance de hipoxemia e contaminação, entretanto é de alto custo para o serviço de saúde (MARTINS et al., 2014). Entretanto, Brasil (2017) afirma que apesar de não prevenir pneumonia, o sistema fechado de aspiração mantém a pressão positiva das vias aéreas, e em casos de paciente em isolamento por micro-organismo resistente é um dispositivo que também promove a proteção do funcionário evitando aerodispersóides, sugerindo a troca com 72h ou quando houver sujidade. Contudo, devido aos riscos de hipóxia, desconforto respiratório, alteração hemodinâmica e infecção, a instilação com soro fisiológico a 0,9% não deve ser usada rotineiramente, excetuando-se em secreções espessas ou rolhas de secreção, com manobra de vibrocompressão com ambu, utilizando sonda nº 12-14 (MORAIS et al., 2018; LOPES et al., 2018). A aspiração em sistema aberto e se indicado recomenda-se aumentar a fração inspirada de oxigênio (FiO2) 10-20% durante 30-60 segundos antes do procedimento e um minuto após, respeitando o máximo de 15 segundos de desconexão do sistema, seguindo a regra de introduzir a sonda pinçada em movimentos circulares evitando sequestro de oxigênio e aspiração na parede da mucosa traqueal causando lesão, retirando-a lentamente e observando sinais de hipoxemia e alteração do ritmo cardíaco (GONÇALVES et al., 2015; PINTO et al., 2015). CONCLUSÕES: Verificou-se a necessidade do enfermeiro compreender a alta complexidade que envolve a aspiração endotraqueal, atualizando-se em evidências e aplicando-as na prática conforme sua responsabilidade ética e transmitindo o conhecimento em forma de educação em saúde.

  • Palavras-chave
  • Aspiração endotraqueal, cuidados de enfermagem e unidade de tratamento intensivo.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Enfermagem Terapia Intensiva
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Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN) 
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Periodicidade
Publicação Anual  

Idioma 
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