INTRODUÇÃO: Pacientes sob cuidados intensivos em ventilação mecânica produzem secreções brônquicas, necessitando de aspiração endotraqueal utilizando técnica asséptica com uma sonda maleável conectada a vácuo e introduzida na via aérea avançada (tubo endotraqueal ou traqueostomia), precisando de cuidados para prevenir lesões de trajeto da sonda, pneumonia associada à ventilação mecânica e hipoxemia (LOPES et al., 2018) OBJETIVO: Compreender as práticas de enfermagem na aspiração de vias aéreas que previnem lesões respiratórias. MATERIAL E METÓDO: Revisão integrativa com artigos indexados na Biblioteca virtual de saúde, nas bases de dados da Literatura Cientifica e Técnica da América Latina e Caribes (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO), manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Foram incluídos seis artigos com os critérios de inclusão: Publicados entre 2014 a 2018, em português, disponibilizado a versão completa, que englobaram o tema e objetivo. RESULTADOS: Segundo a Resolução COFEN 557/2017 é privativo do enfermeiro aspirar paciente grave, pois necessita de conhecimento científico e se necessário tomar decisões imediatas. Balbino et al. (2016) cita que o tubo orotraqueal impossibilita a defesa do trato respiratório de filtrar, umidificar e aquecer o ar, que é um precursor de acumulo de secreção. Sendo necessário conforme avaliação aspirar a via aérea quando houver ruído no tubo, ausculta pulmonar ruidosa, observar secreção e quando houver queda de saturação de oxigênio. O sistema de aspiração aberto é mais frequentemente utilizado e de baixo custo, porém permite contaminação devido a desconexão do sistema, enquanto o sistema de aspiração fechado (Trach care) reduz chance de hipoxemia e contaminação, entretanto é de alto custo para o serviço de saúde (MARTINS et al., 2014). Entretanto, Brasil (2017) afirma que apesar de não prevenir pneumonia, o sistema fechado de aspiração mantém a pressão positiva das vias aéreas, e em casos de paciente em isolamento por micro-organismo resistente é um dispositivo que também promove a proteção do funcionário evitando aerodispersóides, sugerindo a troca com 72h ou quando houver sujidade. Contudo, devido aos riscos de hipóxia, desconforto respiratório, alteração hemodinâmica e infecção, a instilação com soro fisiológico a 0,9% não deve ser usada rotineiramente, excetuando-se em secreções espessas ou rolhas de secreção, com manobra de vibrocompressão com ambu, utilizando sonda nº 12-14 (MORAIS et al., 2018; LOPES et al., 2018). A aspiração em sistema aberto e se indicado recomenda-se aumentar a fração inspirada de oxigênio (FiO2) 10-20% durante 30-60 segundos antes do procedimento e um minuto após, respeitando o máximo de 15 segundos de desconexão do sistema, seguindo a regra de introduzir a sonda pinçada em movimentos circulares evitando sequestro de oxigênio e aspiração na parede da mucosa traqueal causando lesão, retirando-a lentamente e observando sinais de hipoxemia e alteração do ritmo cardíaco (GONÇALVES et al., 2015; PINTO et al., 2015). CONCLUSÕES: Verificou-se a necessidade do enfermeiro compreender a alta complexidade que envolve a aspiração endotraqueal, atualizando-se em evidências e aplicando-as na prática conforme sua responsabilidade ética e transmitindo o conhecimento em forma de educação em saúde.
Os Anais do Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados intensivos - CONECI possuem caráter científico e publica apenas trabalhos sobre o tema Enfermagem, dentro das suas diversas áreas. Contribuindo para o desenvolvimento técnico-científico-acadêmico da Enfermagem no Brasil, especialmente, na região Nordeste do País.
Os Anais do Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados Intensivos se propõem a divulgar e incentivar o desenvolvimento da ciência e pesquisa em diversas áreas da enfermagem. Conta com uma equipe de pesquisadores, de diferentes instituições de ensino superior de nosso país. O CONECI somente aceita submissões online e não cobra dos autores qualquer tipo de taxa ou contribuição financeira para a publicação do trabalho, artigo ou qualquer outro texto publicado. O Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados Intensivos não se responsabiliza ou endossa as opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos, salientando que as opiniões são de sua exclusiva responsabilidade.
Autor Corporativo
NCS ENSINO EM SAÚDE
Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
Língua Portuguesa (Português do Brasil)
Contato
E-mail: contato@ncsensino.com.br
Telefone: (84) 98770-2212
Contato
E-mail: contato@ncsensino.com.br
Telefone: (84) 98770-2212
I CONECI (anais clique aqui)