INTRODUÇÃO: Atualmente houve um avanço no protocolo de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), porém somente 30% da circulação do paciente é atingida, onde mesmo após o retorno da circulação espontânea, é comum ocorrer hipoperfusão, sequelas cerebrais, alterações cardíacas e uma resposta corporal à isquemia/reperfusão, denominada de síndrome pós-parada cardiorrespiratória, prejudicando o prognóstico e necessitando de cuidados intensivos, que fazem parte do algoritmo da cadeia de sobrevivência da American Heart Association, sendo assim esse indivíduo necessita de cuidados de enfermagem de qualidade (LISBOA, BORGES e MONTEIRO, 2016) OBJETIVO: Explicar a conduta do enfermeiro nos cuidados pós-parada cardiorrespiratória intrahospitalar. MATERIAL E METÓDO: Revisão integrativa com artigos indexados na Biblioteca virtual de saúde, nas bases de dados da Literatura Cientifica e Técnica da América Latina e Caribes (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e manual da American Heart Association (AHA). Foram incluídos quatro artigos com os critérios de inclusão: Publicados entre 2014 a 2018, em português, disponibilizado a versão completa, que englobaram o tema e objetivo. RESULTADOS: Após uma reanimação cardiopulmonar revertida, o paciente é considerado de alto risco e apresenta taxa de 63-90% de mortalidade, necessitando de via aérea evitando hiperventilação (diminuição de débito cardíaco, aumenta vasoconstrição e reduz perfusão cerebral) e mantendo saturação de oxigênio arterial acima de 94%; Reposição volêmica é recomendada; Descobrir a etiologia da parada cardiorrespiratória para evitar reincidência (Eletrocardiograma indicado em todos os pacientes); Alterações de potássio que são causas reversíveis de parada cardiorrespiratória devem ser corrigidas e a hipoglicemia deve ser evitada; Evitar hipotensão mantendo a pressão arterial média acima de 65mmhg; Pacientes adultos comatosos segundo escala de coma de Glasgow recomenda-se um controle direcionado da temperatura (CDT) para evitar sequelas neurológicas sugerindo uma temperatura alvo entre 32-36ºc em 24h, através de infusões de cristaloides a 4ºc e com bolsas de gelo no pescoço, virilhas e axilas, prevenindo episódios de hipertermia por 48h após retorno da circulação. Porém, não sugere-se rotineiramente o resfriamento pré-hospitalar (GIANNETTI e TIMERMAN, 2018; AHA, 2015). Segundo Bernoche et al. (2016) o inicio da hipotermia terapêutica inicia-se precocemente em até 12h do término da reanimação e o reaquecimento após 24h de terapia de hipotermia induzida, que deve acontecer lentamente reaquecendo o paciente numa velocidade de 0,25-0,5ºc/h, evitando uma vasodilatação súbita e produção de calor. Em contrapartida em conformidade com Waldrigues et al. (2014) cita os diagnósticos de enfermagem relevantes de acordo com as complicações da hipotermia terapêutica, tais como: ‘’Termo regulação ineficaz relacionada ao aumento da temperatura corporal evidenciada por tremores’’, mas é descrito pela American Heart Association (2015) que é comum ocorrer episódio de febre pós término da terapia e que mesmo conflitante sobre seus danos o controle da temperatura através da hipotermia possui um risco benefício que deve ser disseminado. E é um cuidado de enfermagem importante avaliar o risco de integridade da pele prejudicada relacionada à hipotermia na crioterapia. CONCLUSÕES: O enfermeiro deve manter o monitoramento do quadro geral desse paciente, conhecendo a dinâmica dos cuidados pós parada cardiorrespiratória para oferecer cuidados intensivos de qualidade e capacitar sua equipe.
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Autor Corporativo
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Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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