Introdução: A lesão por pressão é causada por isquemia ao tecido pelo mecanismo de pressão direta, por fricção e cisalhamento que em combinação com fatores extrínsecos, que tendem a acelerar o surgimento das lesões, destacando-se entre eles, idade, perda nutricional, percepção sensorial prejudicada, doenças crônicas, redução da perfusão tissular, incontinências, hidratação, uso de alguns medicamentos e doenças crônicas, apresenta alta taxa de prevalência no âmbito nacional. Os pacientes internados em UTI são mais susceptíveis principalmente devido a perda de massa muscular por atrofia do desuso relacionado a longos períodos de internação e instabilidade hemodinâmica. O trabalho de prevenção do enfermeiro, que é a chave para redução de tais índices, compreendendo intervenções por meio de escalas de prevenção e conhecimento dos fatores de risco além da realidade do serviço de saúde. Objetivo: Avaliar o conhecimento que os enfermeiros de uma UTI detêm sobre prevenção de lesão por pressão, em um hospital universitário da cidade do Recife, assim como, verificar o conhecimento da amostra do estudo quanto: classificação dos estágios e estadiamento da lesão por pressão e medidas preventivas. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal de abordagem descritiva com análise de dados quantitativos. Para coleta de dados, utilizamos o teste desenvolvido por pesquisadores americanos Pieper e Mott (1995) validado e adaptado em estudos anteriores no Brasil. O teste resultou em 41 afirmações verdadeiras ou falsas, contendo seis itens referentes a classificação/estado, dois itens referentes a característica da ferida e os demais itens sobre as medidas preventivas, como também um formulário sócio profissional no período de abril a maio de 2016, onde a amostra foi constituída por 20 enfermeiros tanto de regime diaristas como plantonista das três UTIs adulto do hospital. Resultados: 19 (95%) eram do sexo feminino, 08 (40%) na faixa dos 40 a 50 anos, 55% tem entre 11 a 20 anos de formação, (100%) deles afirmaram possuir o titulo de especialista, entretanto apenas 3 (15%) apresentam especialização em terapia intensiva e 16 (80%) relataram participar periodicamente de eventos científicos. Em relação a classificação e estadiamento 40% não souberam classificar o estágio III e não compreendem as repercussões das lesões estágio II, em relação a dor. O índice de acertos em relação a categoria I, III e IV da UPP, foi de 80%, 60%, e 100% respectivamente, tornando-se evidente que ainda existem dúvidas em relação a esses estágios. Em relação a medidas de prevenção 70% da amostra não soube identificar os mecanismos de proteção contra a fricção, 65% com relação ao alívio de pressão, 85% não soube o tempo correto para mudança de decúbito e as questões relacionadas a cadeirantes o erro sempre ultrapassou os 40%. Conclusão: Foi possível reconhecer que a percepção dos enfermeiros com relação as medidas preventivas das lesões por pressão foi satisfatória na maioria dos pontos investigados, embora tenha sido identificado algumas deficiências em determinados quesitos investigados, assim como na unidade hospitalar, em relação a falta de protocolos de prevenção, falta de envolvimento da CCIH e o descaso da educação continuada com o tema.
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Autor Corporativo
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Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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