INTRODUÇÃO: Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivos médicos ou a outro artefato ocorrendo como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento (NPUAP, 2016). Nessa perspectiva, destaca-se o ambiente de terapia intensiva como detentor dos maiores índices de incidência e prevalência de lesão por pressão dentro do contexto hospitalar (CUDDIGAN, 2015), sendo responsável, inclusive, pelo aumento do tempo de internação do paciente, possíveis agravamentos do seu quadro e, por conseguinte, maiores custos durante o tratamento, caracterizando-se como a terceira condição de saúde mais dispendiosa de se manter (TIRGARI, 2018). Nesse sentido, evidencia-se o papel da enfermagem como protagonista na prevenção dessa afecção que muito diz respeito acerca qualidade da assistência prestada. OBJETIVOS: Expor os principais fatores de risco para aquisição de lesão por pressão em unidade de terapia intensiva, assim como notabilizar estratégias eficazes de prevenção desempenhadas pela enfermagem. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e SciELO. Foram empregados os descritores: “Nursing” AND “Prevention” AND “Pressure ulcer” AND “Critical care”. A amostra inicial compreendia 246 artigos. Foram incluídos para análise os escritos disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, português e/ou espanhol, entre os anos de 2014-2018 e excluídos os duplicados. Com a leitura de títulos e resumos foram selecionados os que atendiam ao objetivo da pesquisa, obtendo-se 23 artigos. RESULTADOS: Existem diversos fatores de riscos relacionados ao aparecimento de lesão por pressão. Esses estão intimamente relacionados com a clínica do paciente. Assim, destaca-se: o estado de saúde do paciente, comorbidades, idade, mobilidade, tempo de internação, uso dispositivos médicos sem acolchoamentos, ausência de insumos profiláticos, comprometimento nutricional, instabilidade hemodinâmica, além da inconsistência na prática de enfermagem devido à limitação do conhecimento dos profissionais acerca desse tema e da grande carga de trabalho sobre eles. Ainda ressalta-se a correlação do desenvolvimento de lesão por pressão com histórico de tabagismo e estado de confusão mental do paciente (KALOWES, 2016). Em contrapartida, evidenciam-se estratégias notáveis e eficazes desempenhadas pela enfermagem que previnem o acometimento por essa afecção, são elas: uso de curativos profiláticos de espuma de silicone nas regiões sacral e calcanha, dispositivos de alívio de pressão, lençóis, almofadas e colchões específicos para isso e para manutenção de um microclima adequado, educação/capacitação profissional contínua, desenvolvimento de um plano assistencial sistematizado, com avaliação de risco utilizando escalas como a de Braden e um plano de cuidados proativos contendo mudança de decúbito programada e proteção de proeminências ósseas desde a admissão do paciente, contando com subsídio institucional. CONCLUSÃO: Diversos são os fatores que propiciam o surgimento de lesões por pressão no ambiente da terapia intensiva. No entanto, existem numerosas medidas preventivas, como curativos e lençóis profiláticos que muito minimizam incidências e, consequentemente, futuros custos com essa afecção. Ainda assim, essa condição representa um desafio nesses ambientes, seja pela falta de conhecimento, de recursos ou até mesmo de empenho dos profissionais envolvidos.
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
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Periodicidade
Publicação Anual
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