GRAVIDEZ DE ALTO RISCO EM PACIENTES PORTADORAS DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

GRAVIDEZ DE ALTO RISCO EM PACIENTES PORTADORAS DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

• Autor
• Ellen Ayssa Silva De Macedo
• Co-autores
• Emille Rayssa Campos da Silva
• Resumo

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  RESUMO: Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica e autoimune que pode atingir vários órgãos e sistemas do corpo, gerando diversos quadros clínicos (Dobkin et al, 2001; Moreira & Mello Filho, 1992). Os anticorpos quando em alta concentração passam a atacar o próprio organismo, provocando inflamações e lesões em vários órgãos, inclusive no útero. O presente estudo tem como objetivo analisar os riscos vividos por gestantes portadoras do LES. Realizou-se uma revisão de literatura do tipo integrativa utilizando 2 artigos da biblioteca virtual SciELO (Scientific Electronic Library) e 1 da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados no período de 2008 a 2014.  Observou-se que 90% dos casos de lúpus ocorrem em mulheres no período entre 20 e 45 anos, idades nas quais estão mais propensas a engravidar. Portanto, quando correlacionado o sistema imune e defesa do organismo com o sistema endócrino (bem explorado na gestação), percebe-se que o aumento da produção de hormônios (estrógeno e progesterona) exige uma atividade a mais da fisiologia. Por meio disso, o organismo acaba negligenciando a regularização do sistema autoimune da gestante e elege os fatores endócrinos como mais emergenciais. Outro problema encontrado foi o possível desenvolvimento de um bloqueio cardíaco, que determina batidas mais lentas do coração do concepto. Esse tipo de problema está relacionado à presença de um anticorpo no sangue da mãe (anti Ro), que passa pela placenta e afeta o coração do embrião. Há também substâncias fosfolípedes situadas na circulação, responsáveis por formar coágulos em várias partes do corpo, trombos no cérebro e êmbolos­ — síndrome anticoagulante lúpica — e esses, por sua vez, são responsáveis pela incidência de abortos recorrentes ou de dar origem a um feto com pouca chance de sobrevivência.  Dessa forma, conclui-se que as pacientes gestantes portadoras de LES necessitam programar as gestações e acompanhá-la regularmente por um reumatologista e um obstetra, para analisar momentos em que haja controle efetivo da síndrome e, dessa forma, sejam utilizadas apenas medicações seguras para o feto garantindo que o período gestacional seja tranquilo e bem-sucedido.

   

• Palavras-chave
• Lúpus Eritematoso Sistêmico, gravidez, anticorpos, autoimune, sistema imunológico.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Enfermagem Neonatal