Introdução: Nenhuma assistência em saúde é isenta de riscos e possíveis eventos adversos que possam ocorrer aos que se submetem a esses cuidados. Dentre as possíveis complicações decorrentes do cuidado em saúde, destacam-se as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Estas representam uma ameaça para os pacientes hospitalizados em todo o mundo. Sua incidência é maior em países em desenvolvimento, onde problemas com recursos humanos, perícia técnica e apoio laboratorial impedem políticas de controle de infecção. Objetivo: Revisar a literatura sobre a associação do uso de dispositivos invasivos e as infecções hospitalares. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão literária a partir do método qualitativo. Os artigos incluídos na amostra foram resgatados da Biblioteca Virtual em Saúde de janeiro de 2009 a março de 2019. Resultados: Tradicionalmente, a ocorrência de IRAS tem sido atribuída às fragilidades do paciente, procedimentos invasivos e uso de antimicrobianos, dentre outros processos de trabalho. A vasta literatura aponta que esses agravos ainda figuram como uma complicação frequente em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva pois sua ocorrência pode ser ainda maior, uma vez que dispositivos invasivos são mantidos por mais tempo e o paciente tem maior chance de colonização. Outra questão apontada é que em ambientes de cuidados críticos e intensivos, a manipulação desses dispositivos ocorre várias vezes ao dia para administração de fluidos, nutrição, drogas, hemoderivados, entre outros. Ademais, pacientes críticos necessitam de uma monitorização contínua e fazem uso de muitos equipamentos para a manutenção da vida. Desafortunadamente a magnitude do problema é “às vezes subestimada por parte dos gestores das instituições e o suporte para ações de prevenção nem sempre é robusto”, também alguns autores apontam o desconhecimento de medidas de controle de IRAS, a qualificação de recursos humanos, aliados à estrutura física inadequada dos serviços de saúde como fatores que contribuem para esse cenário. Conclusões: A literatura estudada revelou que o uso e a permanência de dispositivos invasivos estão diretamente relacionados ao aumento das taxas de IRAS. Faz-se necessário práticas de Educação Permanente em Saúde junto aos profissionais no tocante à modos de prevenção e controle das infecções e suas relações com os dispositivos invasivos.
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Autor Corporativo
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CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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