Fatores Relacionados à Ocorrência de Insuficiência Renal Aguda na Unidade de Terapia Intensiva: Revisão Integrativa

Fatores Relacionados à Ocorrência de Insuficiência Renal Aguda na Unidade de Terapia Intensiva: Revisão Integrativa

• Autor
• Sarah Glícia Medeiros Dantas
• Co-autores
• Alcivan Nunes Vieira , Natália Teixeira Fernandes , Evilamilton Gomes de Paula , Anne Caroline Brito de Carvalho
• Resumo

• INTRODUÇÃO

  A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma patologia responsável por muitas internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sua incidência varia entre 30% a 60% nos pacientes admitidos em UTI, com uma taxa de mortalidade superior a 23%.

  Fisiologicamente caracteriza-se por uma diminuição abrupta da Taxa de Filtração Glomerular (TFG), causando o acúmulo de metabólitos e o desequilíbrio hidro eletrolítico.

  A IRA pode ser de etiologia pré renal, renal e pós renal. Estudos apontam que algumas intervenções terapêuticas e diagnósticas também são responsáveis pela instalação da IRA. Na UTI, destacam-se: a Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) e o uso medicamentos com ação nefrotóxica.

  Neste sentido, propõe-se uma a Revisão Integrativa da Literatura com a seguinte questão: quais condições clínicas, intervenções diagnósticas e terapêuticas estão associadas à ocorrência de IRA na UTI?

  OBJETIVO

  Descrever condições clínicas, intervenções diagnósticas e terapêuticas relacionadas à ocorrência de IRA na UTI.

  METODOLOGIA

  Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura estruturada nas seguintes etapas: identificação do tema, seleção da hipótese, formulação da pergunta norteadora, elaboração dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos, definição das informações que devem ser extraídas da pesquisa, avaliação dos estudos selecionados, interpretação dos resultados e síntese dos dados colhidos.

  A amostra inicial foi de 1.729 artigos distribuídos da seguinte forma: 1.178 na PubMed, 537 no Medline e 13 no Lilacs. Após a leitura do título, resumo e descritores foram selecionados 114 estudos. Em seguida procedeu-se a leitura do resumo, objetivos e resultados de cada artigo o que possibilitou a delimitação de um corpus composto por 45 trabalhos; a etapa seguinte foi a de leitura completa dos textos e extração das informações, resultando no total de 25 estudos selecionados.

  RESULTADOS

  Foram identificados dois ou mais eventos em cada artigo pesquisado. Dessa forma, a sepse e os medicamentos nefrotóxicos aparecem como desencadeadoras da IRA na maior parte dos artigos pesquisados, sendo citadas em 15 estudos.

  Como condições clínicas, citadas em quinze artigos, destaca-se a sepse; discloremia (hipercloremia e hipocloremia associada a sepse); asfixia perinatal; prematuridade; complicações obstétricas; síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e idade avançada.

  As intervenções diagnósticas, citadas em dois artigos, remetem-se ao uso do contraste.

  As intervenções terapêuticas, citadas em doze artigos, são compostas pela sobrecarga de fluidos (pós cirúrgico com o uso de circulação extracorpórea); medicamentos nefrotóxicos (antibióticos beta lactâmicos, vancomicina, vasopressores, contraste, bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona, piperacilina-tazobactam); VMI; paciente pós cirurgia pediátrica para revascularização do miocárdio e utilização de Circulação Extra Corpórea (CEC).

  CONSIDERAÇÕES FINAIS

   

  Os mecanismos fisiológicos envolvidos nas complicações podem ser desencadeados pelas intervenções que se fizerem necessárias ao paciente crítico; este aspecto exige, portanto, a consolidação de medidas protetoras da função renal e a adoção de parâmetros para seu monitoramento.

• Palavras-chave
• Lesão renal aguda Insuficiência renal Cuidados críticos
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Enfermagem Terapia Intensiva