Introdução: As infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS) são recorrentes em unidades de alta complexidade, precisamente no setor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pois estão associadas, primariamente, à gravidade clínica dos pacientes, ao período de internação prolongado, e ao uso de procedimentos invasivos, como cateter venoso e sonda vesical, por exemplo. Nas UTI’s, as infecções comumente encontradas são as: bacteriúria associada ao cateter vesical, pneumonia associada à ventilação mecânica e bacteremias associada a um cateter venoso central, todas com morbimortalidade elevada. Entretanto, durante a admissão nem sempre é possível identificar a infecção. O paciente pode ser um portador assintomático, retardando assim seu diagnóstico e consequentemente favorecendo exposição de profissionais de enfermagem que possuem maior contato direto com paciente a infecções bacterianas e a proliferação de contaminações cruzadas. Segundo Nishide e Benatti (2004), em um estudo realizado com 68 trabalhadores da equipe de enfermagem da UTI foi possível identificar que os principais riscos biológicos que esses profissionais estão sujeitos são a exposição à infecções e à doenças de diagnóstico não confirmado, tornando mais difícil a prevenção de contaminação. Esses fatores correspondem a 34% dos casos e, mesmo após 15 anos do referido estudo, ainda é possível identificar casos parecidos, restando a esses profissionais apoiar-se na biossegurança para amenizar o risco de contaminações. Objetivo: Observar as condições estruturais e as condutas adotadas pelos profissionais de enfermagem a fim de controlar as infecções bacterianas dentro da sua realidade. Material e Métodos: Estudo do tipo observacional e entrevista, realizado na UTI de um hospital público no estado de Alagoas, durante o período de março de 2019, que prestava assistência para 8 pacientes, onde 2 desses estavam sob precaução de contato. Resultados: A partir de análise observacional e entrevista foi possível identificar um caso onde um paciente interno no setor há 10 dias, foi diagnosticado 8 dias após a internação com um quadro de infecção aguda, necessitando de medidas de precaução de contato, afinal, esse tipo de contaminação não só atinge o profissional que lida diretamente com o paciente mas também favorece a contaminação cruzada, que é feita de forma indireta através de objetos ou indivíduos intermediários. Outro fato observado foi a conduta com pacientes provenientes de outro hospital, que são submetidos a condição de precaução de contato até que a probabilidade de infecção hospitalar, da instituição anterior, seja esclarecida. Conclusão: Os profissionais de enfermagem de UTI’s estão submetidos constantemente a riscos biológicos, apesar de trabalharem de acordo com as normas de biossegurança, o que favorece um melhor controle da situação, não é o suficiente para amenizar os riscos ocupacionais relacionados a infecções, sendo necessário que haja uma maior agilidade na detecção de pacientes sob risco o que favorece as precauções de contato e isolamento favorecendo as condições de trabalho da equipe de enfermagem. Diante disso é evidente a importância de culturas bacterianas da pele e mucosa do paciente para favorecer o diagnostico rápido das infecções e seus patógenos e as devidas precauções de contato e isolamento.
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Equipe Editorial
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Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
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