COLONIZAÇÃO DA CAVIDADE ORAL DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS POR BACILOS GRAM NEGATIVOS
Jaqueline Michelle da Conceição Alexandre¹; Davi Porfirio da Silva¹; Danielly Nogueira de Oliveira Silva²; Iramirton Figueredo Moreira¹, Rossana Teotônio de Farias Moreira¹,
¹Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas; ² Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas
RESUMO
INTRODUÇÃO: O recém-nascido passa por um processo de colonização natural pelo contato com a microbiota materna, profissionais de saúde ou exposição ambiental; no entanto aqueles que permanecem em tratamento intensivo possuem maior predisposição para infecções posteriores à colonização. Nesse contexto, chama atenção a colonização de recém-nascidos por bacilos gram-negativos que têm sido associados com surtos de infecção hospitalar em unidades neonatais. OBJETIVO: Monitorar a colonização oral de recém-nascidos prematuros de baixo peso hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital Universitário do nordeste brasileiro. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa, realizado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Maceió, Alagoas, no período de junho de 2018 a fevereiro de 2019. As coletas foram realizadas com Swabs estéreis da cavidade oral de recém-nascidos prematuros, 12 h, 24 h, 72 h e, posteriormente, 2 vezes por semana após o nascimento até receber alta da unidade ou óbito. As amostras foram semeadas em Ágar Dixon Modificado e incubadas a 35ºC; os isolados foram identificados por meio da técnica de coloração de Gram. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFAL nº 69147617.0.0000.5013. RESULTADOS: A amostra foi composta por 19 recém-nascidos, com peso inferior a 1500 g, com idade gestacional entre 24 e 33 semanas. Foram identificados 43 isolados identificados fenotipicamente como bacilos Gram-negativos, sendo 13 estirpes identificadas na cavidade oral de 07 neonatos diferentes. Em relação ao tempo de colonização, observou-se a presença desses microrganismos desde as primeiras 72 horas de vida em 2 recém-nascidos estendendo-se até o inicio da 5ª semana de vida, em 1 neonato, em média a colonização foi detectada na segunda semana de hospitalização. É importante destacar que 06 neonatos receberam suporte ventilatório mecânico invasivo. Ademais, todos receberam tratamento para foco infecioso com ampicilina e gentamicina, foi registrado também o uso de fluconazol profilático em todos os recém-nascidos colonizados. CONCLUSÃO: O monitoramento de microrganismos no ambiente hospitalar subsidia estratégias de fortalecimento das atividades de prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, nesse caso especifico são necessários novos estudos com intento de propor estratégias para controle da colonização oral, sobretudo quando houver uso de intubação orotraquel.
Palavras-chave: Recém-Nascido Prematuro; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Bacilos Gram-negativos.
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