Introdução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são setores complexos do hospital onde se realiza o atendimento de usuários em situações graves. Porém, esses necessitam, muitas vezes, de translado intersetorial, para realização de procedimentos e exames diagnósticos, por exemplo. Tal movimentação é potencialmente desestabilizante, com alguns riscos inerentes e independentes do tempo ou distância a ser percorrida, os quais podem levar a alterações hemodinâmicas súbitas, progressivas e evitáveis. Dessa forma, alguns instrumentos, apesar da sua extrema importância para promoção da segurança do paciente, são precários em muitas instituições, como: boa comunicação entre a equipe que transporta o paciente e aquela que irá recepcioná-lo, planejamento da colaboração da equipe multiprofissional e protocolos de assistência no transporte. Objetivos: Este trabalho teve por objetivo observar e identificar as dificuldades encontradas pelos profissionais da saúde durante a realização do transporte desses pacientes, assim como daqueles que os recepcionam. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de caráter qualitativo, com dados primários, vivenciado durante atividades da Liga Acadêmica de Cuidados Críticos de Enfermagem (LACCEN) em um hospital público de Alagoas. Resultados: Durante entrevista com uma das enfermeiras da UTI, foi relatada a dificuldade na admissão de pacientes no setor devido à falta de comunicação entre profissionais de diferentes departamentos do hospital, o que prejudica, por exemplo, o repasse de informações relacionadas ao estado do enfermo. Além disso, o reduzido, ou muitas vezes inexistente, número de profissionais da saúde, sejam eles enfermeiros ou médicos, que acompanham os usuários até a admissão na UTI é outro obstáculo enfrentado pela equipe, pondo em risco a saúde do paciente, visto que pode haver alguma intercorrência durante o percurso. Ademais, foi observado que o grande número de atividades exercidas pela enfermeira no setor, sendo ela a única com essa formação presente no momento da atividade, dificulta ou até mesmo impede que ela acompanhe os pacientes durante procedimentos extra-setoriais, como a realização de exames. Outros autores também relatam a dificuldade na comunicação entre os profissionais, ressaltando que o transporte do paciente crítico demanda cuidados especiais, que dependem principalmente da precisão de linguagem e interação entre a equipe. Conclusão: Fica claro, portanto, que muitos obstáculos ainda precisam ser superados tendo em vista uma melhor assistência ao paciente, evidenciando a necessidade de melhorias nos relacionamentos entre os profissionais, além da melhor organização das equipes para transporte dos usuários, a fim de evitar que haja alguma perturbação hemodinâmica no mesmo e, consequentemente, agravamento do seu quadro clínico. Para tal, é notória importância da atuação do profissional enfermeiro guiando a equipe para que compreendam esse acompanhamento como agente determinante da manutenção de uma condição favorável e até mesmo da perspectiva de alta.
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Autor Corporativo
NCS ENSINO EM SAÚDE
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CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
Língua Portuguesa (Português do Brasil)
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