Introdução: a hemorragia pós-parto é considerada uma emergência obstétrica, sendo a principal causa de morte materna no mundo e a segunda no Brasil. Ela é causada por uma instabilidade hemodinâmica, sendo está definida pela perda sanguínea no parto vaginal acima de 500ml ou superior a 1.000ml na cirurgia cesariana, ou qualquer perda de sangue após o parto pelo trato genital capaz de causar instabilidade hemodinâmica. Esta intercorrência, pode desencadear sintomas gerais de choque hipovolêmico, tais como, vertigem, síncope, taquicardia e oligúria. A ocorrência dessa hemorragia está relacionada ao mnemônico para as causas especificas aos 4Ts, tônus, trombina, tecido e trauma, sendo a atonia uterina a causa mais frequente dessa emergência, com frequência relativa de 70%. A mortalidade materna está diretamente associada às condições de vida e qualidade dos serviços assistenciais de saúde, portanto é imprescindível que a identificação e o controle da hemorragia seja feita de maneira precoce e efetiva, em especial no tratamento e na ‘hora de ouro’, que incide na orientação do controle do sitio de sangramento na primeira hora a partir do diagnóstico ou avanço da instalação do tratamento seguindo as recomendações. Objetivo: descrever o manejo clínico diante o reconhecimento e tratamento da mulher com hemorragia pós-parto. Material e método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de caráter descritivo e exploratório, desenvolvida a partir de artigos disponíveis na base de dados LILACS, MEDLINE, na biblioteca digital Scientific Electronic Library Online, e no Manual de Recomendações Assistenciais para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Hemorragia Obstétrica, tendo como descritores: Hemorragia Pós-Parto e Gestantes, seguido do operador AND. Foram encontrados 49 artigos, sendo excluídos aqueles que não correspondem à temática exigida e ao período de 2009 a 2019, remanescendo 6 artigos. Resultados: a demora da identificação do sítio de sangramento pode culminar na tríade letal que constitui-se na presença de hipotermia, acidose e coagulopatia. A estimativa da perda sanguínea pode ser realizada de forma visual, contagem e pesagem de compressas e roupas de cama, dispositivos coletores, parâmetros clínicos e através da avaliação do índice de choque. Contudo, além do diagnóstico precoce, faz-se necessário a execução de ações para o controle do sangramento de forma sequenciada e imediata, a partir do conhecimento baseado em evidências científica e protocolada. De acordo com a literatura, o uterotônico mais utilizado de primeira escolha é a ocitocina, podendo ainda serem utilizados a metilergometrina, o misoprostol e o ácido tranexâmico. Concomitantemente é utilizada a técnica de massagem uterina, sendo esta subdividida em massagem uterina e massagem uterina bimanual, com a finalidade de restaurar o tônus do útero. Como técnica adjunta as medidas de controle da hemorragia pós-parto, pode ser utilizado o balão de tamponamento intrauterino, procedimento este que deverá ser realizado por um profissional de saúde treinado. Conclusão: a hemorragia pós-parto é uma emergência responsável pela principal causa direta de morte materna em todo o mundo, no entanto sendo em grande parte de suas ocorrências, evitáveis. Sendo assim, faz-se necessário a capacitação da equipe assistencial baseada nos protocolos vigentes e em evidências científicas de qualidade.
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