Introdução: as síndromes hipertensivas são responsáveis pela principal causa de morbimortalidade materna no Brasil e no mundo. É caracterizada pelo aumento contínuo dos níveis pressóricos sistólico ?140mmHg e/ou diastólico ?90mmHg, podendo estar relacionada a presença de edema, proteinúria, alterações visuais e gástricas. Elas são classificadas por hipertensão gestacional, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, podendo gerar complicações ao binômio materno-fetal, tais como, prematuridade, retardo do crescimento intrauterino, descolamento da placenta, sendo os mais graves, hemólise, aumento das enzimas hepáticas e plaquetopenia, configurando no acrônimo Síndrome de HELLP. Objetivo: analisar e descrever as síndromes hipertensivas, como também, sensibilizar os profissionais de saúde acerca da problemática presente com a finalidade de adotar intervenções resolutivas baseadas em evidências científicas atualizadas a partir da detecção precoce e redução de desfechos negativos perinatais. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de caráter descritivo e exploratório, desenvolvida a partir de artigos disponíveis na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library Online, Base de dados em Enfermagem, tendo como descritores: Hipertensão Induzida pela Gravidez, Enfermagem e Gravidez. Foram encontrados 45 artigos, sendo excluídos aqueles que não correspondem à temática exigida e ao período de 2009 a 2019, remanescendo 24 artigos. Resultados: as síndromes hipertensivas apresentam características multissistêmicas. A hipertensão crônica é diagnosticada pelo aumento da pressão arterial na mulher até a 20ª semana da gestação. Já a hipertensão gestacional acontece pelo aumento dos níveis pressóricos da gestante após a 20ª semana, sem estar acompanhado de sinais, sintomas ou alterações laboratoriais característicos da pré-eclâmpsia, sendo esta evidenciada principalmente por oligúria, proteinúria, edema agudo do pulmão, escotomas e confusão mental. A eclâmpsia consiste no surgimento de convulsões maternas persistentes que podem evoluir para eventos catastróficos, a exemplo do estado comatoso. O manejo das crises hipertensivas: posicionar a gestante em decúbito lateral esquerdo; realizar acesso venoso periférico calibroso (jelco 16 ou 18); administrar soro glicosado a 5%; o tratamento medicamentoso será a partir da prescrição médica, podendo ser administrada nifedipina 10 mg por via oral repetindo 10 mg a cada 30 minutos quando necessário e quando não houver melhora do quadro clínico e/ou 5 mg de hidralazina intravenosa, repetir a 5-10 mg a cada 20 minutos caso a pressão arterial não seja controlada, essa deve ser administrada no máximo quatro doses. Realizar vigilância dos níveis pressóricos maternos a cada 5 minutos por 20 minutos após a infusão medicamentosa. Ademais, é necessário realizar a avaliação fetal através da cardiotocografia por no mínimo 20 minutos. Após avaliação, se necessário, deve-se repetir condutas anteriores com o intuito de manter a pressão arterial < 160/110 mmHg e > 135/85 mmHg. Logo, é estritamente necessário considerar a fisiopatologia do evento e posteriormente articular a melhor forma de tratamento. Conclusão: é indispensável o aprimoramento dos profissionais de saúde para a detecção precoce dessa emergência, manejo eficaz baseados nos protocolos vigentes prevenindo a eclâmpsia e melhorando os desfechos da mãe e feto. Com isso, a educação continuada dos profissionais assistenciais é imprescindível para um cuidado integral e contínuo.
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Equipe Editorial
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Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
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