INTRODUÇÃO: A Portaria 2048, de 2002, dispõe que os serviços de urgência e emergência constitui um componente primordial de assistência à saúde, devido ao crescimento de acidentes e violência urbana. Nesse contexto, é necessário destacar o papel do profissional de Enfermagem, que ultrapassa a gerência do cuidado, tornando necessário o olhar crítico em relação a organização dos serviços. A partir do seguinte estudo, podemos analisar criticamente a diferença entre a teoria e a prática diária. METODOLOGIA: Estudo descritivo, tipo Relato de Experiência. Baseado na vivência de acadêmicas do sétimo módulo de Enfermagem da Universidade de Pernambuco, no estágio supervisionado, realizado na unidade de Urgência e Emergência de um Hospital Público localizado na cidade do Recife, durante seis dias do mês de Abril de 2019. Utilizou-se a observação não estruturada, baseada na coleta de informações e experiências. OBJETIVOS: Descrever a realidade atual da emergência de hospitais públicos além de promover a reflexão acerca da assistência de enfermagem prestada nessas unidades. RESULTADOS: Realizou-se visita técnica nos setores que compreendem a unidade a fim de entender o fluxo das atividades, ações e rotinas. Posteriormente as acadêmicas seguiram para a sala de triagem, onde juntamente com a enfermeira do setor foi realizada a classificação de risco e aplicação do Protocolo de Manchester, considerando as condições do paciente para determinar sua gravidade, atribuindo-lhe uma cor de pulseira que designa o tempo máximo em que deve ser atendido. Nesse contexto é notório o grande desafio que o hospital enfrenta, a superlotação. O fluxo de pacientes é ininterrupto, trazidos pelos Bombeiros e SAMU, e outros encaminhados das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), os pacientes por falta de espaço e infraestrutura aguardam atendimento médico amontoados nos corredores. Nesse local, onde o corredor se torna enfermaria, passou-se o maior tempo do estágio, e pode-se vivenciar de maneira desesperadora a falta de insumos, desde os equipamentos de proteção individuais, como luva e máscara à macas e camas e até a falta de medicações de uso controlado, dificultando a oferta de uma assistência integral. Tal situação refletia na qualidade da assistência que deveria ser prestada, mesmo com a deficiência de insumos, observa-se a falta de humanização e sensibilidade dos profissionais. A estrutura física da unidade também foi fator preocupante, ambientes com divisórias desiguais e falta de portas entre eles evidenciou a falta de espaço para os pacientes que necessitam de isolamento. A sensação das acadêmicas foi unânime, preocupação e impotência frente ao caos em que se encontrava a emergência. CONCLUSÃO: Tal estudo permitiu constatar que a superlotação implicou em problemas em toda a funcionalidade do setor, tornando o ambiente inadequado para os pacientes e profissionais. É necessário, além de uma reorganização do serviço de emergência, possibilitando a divisão da quantidade de pacientes, a ação resolutiva das Unidades de Pronto Atendimento nas pequenas urgências, descentralizando os atendimentos dos grandes hospitais, e minimizando a superlotação encontrada. Aliado a isso, são necessárias ferramentas de uso dos profissionais no campo de atuação que proporcione uma assistência de qualidade e promova o cuidado integral do paciente.
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Autor Corporativo
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Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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