CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO COM CHIKUNGUNYA CONGÊNITA NUMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

  • Autor
  • Isabela Gomes de França
  • Co-autores
  • Larissa Régia da Fonsêca Marinho , Maria de Lourdes Costa da Silva , Naira Beatriz Pinto Raulino Ladislao , Ingrid Wildt Cavalcanti da Rocha
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: A febre Chikungunya é uma doença viral, transmitida aos seres humanos, principalmente, pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti, mas também pode ocorrer transmissão na forma vertical. Segundo Gérardin (2008), a transmissão vertical foi descrita pela primeira vez em junho de 2005, durante uma epidemia do vírus que afetou cerca de mais de um terço da população da Ilha da Reunião – Departamento ultramarino Francês –, período entre março de 2005 a dezembro de 2006. A transmissão vertical torna-se frequente quando há viremia materna ocorre próximo ao parto levando à infecção grave desses recém-nascidos, incluindo o comprometimento neurológico (FERREIRA, 2018). De acordo com a Secretaria de Saúde do estado de Minas Gerais (2017), quando o parto ocorre dentro de 7 dias de viremia materna, o neonato tem cerca de 85% de chance de nascer com Chikungunya congênita, tendo risco aumentado em casos de infecção materna 4 dias antes do parto. Para o recém-nascido de mãe com diagnóstico da Febre Chikungunya, deve-se permanecer em observação constante, mesmo que assintomático, e caso apresente quadro clínico sugestivo, deve ser encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Dentre as principais complicações da Chikungunya congênita, destacam-se: meningoencefalites, miocardite, hemorragias e lesões de pele extensas. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de discentes em enfermagem, durante a prestação de cuidados a um neonato, com diagnóstico de Chikungunya congênita, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de uma Maternidade Escola referência no estado do Rio Grande do Norte. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de abordagem descritiva. As atividades foram desenvolvidas em um programa de extensão universitária, realizada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da maternidade, no período de março a abril de 2019. RESULTADOS: A genitora foi assistida durante a gestação pelo pré-natal de alto risco (PNAR) – No sexto dia que antecedeu o parto a mesma referiu sintomas característicos da Febre Chikungunya – No dia do parto apresentou febre, artralgia em joelhos e cefaléia. No primeiro dia de vida, o recém-nascido apresentou febre, exantema macular difuso, icterícia e palidez, sendo encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, onde iniciou tratamento direcionado pela sintomática apresentada, como: fototerapia, controle de temperatura, controle da dor e profilaxia com antibiótico terapia. Seguiu aos cuidados da equipe multidisciplinar, apresentando dor ao toque e estresse. Após cerca de 10 dias internado, foi confirmado o diagnóstico de Chikungunya congênita. Neonato evoluiu com melhora significativa e sem sequelas, e após 15 dias de internação recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva, sendo encaminhado para a Unidade Canguru da maternidade. CONCLUSÃO: Ainda não há tratamento específico para Febre Chikungunya no recém-nascido, a abordagem terapêutica deve ter como foco a sintomática apresentada. Os principais cuidados de enfermagem foram: controle da temperatura, controle álgico e hidratação do neonato.

  • Palavras-chave
  • UTI Neonatal, Chikungunya Congênita, Cuidados de enfermagem.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Enfermagem Neonatal
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Equipe Editorial
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Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN) 
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Publicação Anual  

Idioma 
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