ASFIXIA PERINATAL ASSOCIADA Á MORTALIDADE NEONATAL: Uma análise epidemiológica por regiões Brasileiras.

  • Autor
  • Mariana Roberta da Silva Lisboa
  • Co-autores
  • Rosângela Symara Lima Araújo , Tatiana Maria Nóbrega Elias
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO. O período perinatal é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com inicio na 22a semana de gestação até os 7 dias completos após o nascimento e  neonato até a 28 a dia de vida. A mortalidade neonatal tem se configurado como crescente preocupação para a saúde pública no Brasil desde os anos 90, quando passou a ser o principal componente da mortalidade infantil, em decorrência da redução mais acentuada da mortalidade pós-neonatal. Sendo assim, a asfixia perinatal a segunda maior causa dessa mortalidade no recém-nascido, se configura como a falta de oxigenação adequada fetal-neonatal no periparto, ao nascimento e nos primeiros minutos de vida, Os insultos hipóxico-isquêmico podem ocorrer por hemorragia placentária, instabilidade hemodinâmica materna, rotura uterina, interrupção de fluxo no cordão umbilical, período expulsivo prolongado, complicações ventilatórias. Os achados clínicos sugere nível de consciência reduzido, postura e tônus muscular hiporeflexivo, reflexos primitivos ausentes, crise convulsiva, alterações de EletroCardioGrama (ECG), hemodinâmicas e ventilatórias.  O tratamento consiste em hipotermia terapêutica, evitar a hipóxia, hipecapnia, hipocapnia, uso de bicarbonato, manejo de dor e estresse.  É uma medida sensível da qualidade de assistência prestada no período perinatal, tanto à gestante quanto ao recém-nascido. No entanto, para o planejamento de ações que possam efetivamente reduzir a mortalidade neonatal por asfixia, é importante conhecer o perfil epidemiológico desses óbitos nos níveis populacional e regional. OBJETIVO. O estudo tem como objetivo descrever a taxa de óbitos neonatais associados á asfixia perinatal, nas cinco regiões Brasileiras entre os anos 2014-2018. MATERIAL E MÉTODO. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal de abordagem quantitativa, onde os dados foram coletados utilizando-se um roteiro pré-estabelecido para busca no Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir das variáveis dos instrumentos elaborou-se um banco de dados, empregando-se o aplicativo MS-Excel para descrição da frequência caracterizadoras da mortalidade. RESULTADOS. A proporção de óbitos por asfixia perinatal na região sudeste foi de (33%), seguida da região nordeste (30%), sul (14%), centro-oeste (13%), norte (10%). Diante dos achados deste estudo, algumas causas de asfixia perinatal são inevitáveis, mas algumas outras podem ser evitadas prestando-se assistência à gravidez de alto risco em unidades com facilidades obstétricas e boa assistência neonatal. Os indicadores de analfabetismo das mães, cobertura de Estratégia de saúde da família (ESF), distribuição de renda, associados aos óbitos, destacou-se por obter correlação com todas as regiões, exceto a região sul. CONCLUSÃO. A asfixia perinatal é um contribuinte frequente para a morte neonatal, evidenciando a necessidade de intervenções específicas com enfoque regionalizado na assistência ao parto e ao nascimento, portanto a diminuição da desigualdade social e qualificação da assistência mostram-se como ações prioritárias e intervenções efetivas para a diminuição das taxas de mortalidade perinatal por asfixia nas cinco regiões Brasileiras.

     

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, Enfermagem, Mortalidade infantil, Indicadores de saúde.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Enfermagem Neonatal
Voltar

Os Anais do Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados intensivos - CONECI possuem caráter científico e publica apenas trabalhos sobre o tema Enfermagem, dentro das suas diversas áreas. Contribuindo para o desenvolvimento técnico-científico-acadêmico da Enfermagem no Brasil, especialmente, na região Nordeste do País.

Os Anais do Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados Intensivos se propõem a divulgar e incentivar o desenvolvimento da ciência e pesquisa em diversas áreas da enfermagem. Conta com uma equipe de pesquisadores, de diferentes instituições de ensino superior de nosso país. O CONECI somente aceita submissões online e não cobra dos autores qualquer tipo de taxa ou contribuição financeira para a publicação do trabalho, artigo ou qualquer outro texto publicado. O Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados Intensivos não se responsabiliza ou endossa as opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos, salientando que as opiniões são de sua exclusiva responsabilidade.

  • Enfermagem Cardiológica
  • Enfermagem Neonatal
  • Enfermagem Pediátrica
  • Enfermagem Terapia Intensiva
  • Enfermagem em Urgência e Emergência
  • Enfermagem em Controle de Infecção
  • Ciências e Tecnologia em Saúde
  • Saúde Experimental

Autor Corporativo
NCS ENSINO EM SAÚDE
Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695

Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN) 
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN) 

Periodicidade
Publicação Anual  

Idioma 
Língua Portuguesa (Português do Brasil)

Contato
E-mail: contato@ncsensino.com.br
Telefone: (84) 98770-2212

 

 

Contato
E-mail: contato@ncsensino.com.br
Telefone: (84) 98770-2212

I CONECI  (anais clique aqui)