MANEJO DA SAÚDE MENTAL NOS SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA: PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

MANEJO DA SAÚDE MENTAL NOS SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA: PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

• Autor
• Renally Chrystina de Araujo Rocha
• Co-autores
• Igor de Sousa Nobrega , Wendson Araújo Moura , Claudia Quézia Amado Monteiro
• Resumo

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  INTRODUÇÃO:  Indivíduos que passam por crises relacionadas à saúde mental geralmente acessam os serviços de saúde por meio da atenção às urgências e emergências e permanecem nesses locais de atendimento até a estabilização do quadro. Neste contexto, o profissional de enfermagem tem a capacidade de atuar e influenciar positivamente na promoção da saúde e recuperação destes pacientes, especialmente quando as atitudes em relação aos mesmos são caracterizadas por empatia, aceitação e respeito (MOLINA, 2018).  OBJETIVOS: Evidenciar as principais atitudes tomadas pelos profissionais de enfermagem diante do paciente com transtornos mentais nas emergências, bem como destacar a forma com que esses indivíduos são percebidos por essa equipe. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, realizada nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed com emprego dos descritores: "Mental Health" e “Emergency Nursing” com o operador booleano AND. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra; realizados em humanos; nos idiomas inglês e português; entre 2014-2019. Foram excluídos artigos de revisão, duplicados e que fugissem ao tema proposto. RESULTADOS: A pesquisa inicial gerou 284 artigos, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão restaram 9 estudos. Baseado nos achados destes, percebeu-se que profissionais que se deparam com um indivíduo vítima de uma emergência psiquiátrica, sentem-se apreensivos, com medo e ansiedade, fatores que por sua vez produzem uma menor empatia, indiferença e descontentamento. O desconforto e a insatisfação no trabalho com clientes de saúde mental também foi relatado, principalmente por não proporcionar a satisfação que outros tipos de clientes o fazem (BOURGAULT, 2015). Vale ressaltar ainda, que profissionais que já possuíam algum tipo de experiência ou que escolheram por vontade própria realizar o atendimento na área apresentavam um atendimento mais positivo, empático e compreensivo (INNES, 2014). Os enfermeiros acreditavam que os pacientes possuíam tamanha fragilidade caracterizada por alto grau de sensibilidade, dificuldades emocionais e de relacionamento, diversos complexos, entre eles o de inferioridade, e insatisfação pessoal (MOLINA, 2018). Em diversos casos, o enfermeiro não se sentia preparado para prestar esse tipo de atendimento, evidenciando assim a falta de preparo e capacitação de alguns desses profissionais (VEDANA, 2017). CONCLUSÃO: A maioria dos profissionais possui um pré-julgamento dos pacientes da saúde mental e baseiam suas atitudes nesses conceitos pré-existentes. O atendimento muitas vezes acaba sendo de forma indiferente e sem empatia, o que dificulta a adesão ao tratamento e pode até, em alguns casos, acarretar na piora do quadro. Se faz necessário que haja uma maior capacitação dos enfermeiros para que eles estejam aptos a lidar com as situações que envolvem a saúde mental nas emergências. É importante, ainda, investir em estratégias que promovem e incentivam empatia e humanização nas equipes de enfermagem.  

   

• Palavras-chave
• Enfermagem em Emergência, Assistência Ambulatorial, Saúde mental.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Enfermagem em Urgência e Emergência