INTRODUÇÃO: O Sofrimento psíquico é um termo utilizado para descrever sentimentos ou emoções desagradáveis que afetam o funcionamento do indivíduo (DUARTE, 2018). Os profissionais de enfermagem associam o sofrimento psíquico pessoal ao meio em que trabalham, destaca-se a falta de materiais adequados, demanda elevada de atendimentos, reclamações constantes, excesso de trabalho, falta de incentivo financeiro e principalmente o contato constante com o sofrimento do outro (MENEZES, 2017). O setor de urgência e emergência pode ser citado como um agente causador de altos níveis de estresse e os trabalhadores de enfermagem que atuam nessas unidades estão sujeitos aos vários riscos ocupacionais, tornando favorável ao aparecimento de doenças laborais incluindo as de origem psicológica como síndrome de Burnout, ansiedade, tensão, angústia, insônia, alienação, dificuldades interpessoais, dúvidas, preocupação excessiva, déficit de concentração, dificuldade em relaxar e hipersensibilidade emotiva (DE SOUSA OLIVEIRA, 2013). Este setor exige habilidades de alta complexidade específicas que determinam a linha tênue entre vida e a morte, responsabilidade que pode causar adoecimento se não houver qualificação e preparo (JEANINI DALCOL et al, 2018). OBJETIVO: Descrever sobre a saúde psicológica dos profissionais que atuam na assistência da população no setor de urgência e emergência hospitalar, e sobre ações estratégicas que contribuam para a melhoria destes. METODOLOGIA: É um estudo descritivo do tipo análise reflexiva narrativa com base em artigos científicos . Foi baseada nos seguintes descritores: Enfermagem em emergência, esgotamento profissional, saúde do trabalhador e enfermagem psicológica, pesquisados nos descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foi selecionado o total de 11 artigos na Pubmed/Medline, biblioteca Lilacs e SciElo. Escolhido apenas artigos disponíveis na íntegra, nas língua portuguesa, no período de 2013 a 2019 que fossem relevantes na compreensão do tema. RESULTADOS: Através da leitura dos artigos, percebeu- se que os motivos que contribuem para o sofrimento psíquico mais citados foram: sobrecarga de trabalho encontrado em cinco artigos, o contato diário com enfermidade em quatro artigos, frustração e equipe despreparada descrita em dois artigos. Dois artigos relataram sobre a dificuldade associada à gestão administrativa do local, e três sobre o conflito entre profissionais. Outro aspecto citado em um artigo foi sobre a capacidade de desenvolver estratégias de enfrentamento tendo em vista que o setor de urgência e emergência é um ambiente propício a graves enfermidades. As doenças psíquicas prevalentes que foram citadas em todos os artigos foram a síndrome de burnout, depressão e ansiedade. CONCLUSÃO: Através deste estudo, percebeu-se que existe uma tendência cada vez maior a doenças psicológicas em profissionais de saúde. Diante disto, faz -se necessárias políticas mais vigentes que regularizem aspectos como diminuição da carga horária, disponibilidade e qualidade de materiais ofertados, aumento do número de leitos, proporcionar educação continuada e incentivo financeiro. Outro aspecto importante é o apoio psicológico, podendo ser através de rodas de conversa, dinâmicas de grupo, espaço privativo para atendimento, não apenas para os profissionais, mas também para pacientes e acompanhantes pois o processo de adoecimento envolve todo o coletivo e um proporcionalmente afeta o outro.
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CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
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