ENFERMAGEM E O USO DE CATETER VESICAL RELACIONADA A INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

  • Autor
  • STHEFANI SOUZA SETTANI
  • Co-autores
  • EDUARDA LAÍS DA SILVA , MALOM BHENSON TAVARES BARBOSA , ANA KAROLLYNE CAVALCANTI SOUSA , LIDIANE MARINHO DA SILVA BARBOSA
  • Resumo
  • Introdução: O cateter vesical é um importante recurso na assistência à saúde, no entanto, seu uso é frequentemente excessivo e depois de inserido, muitas vezes permanece por tempo maior do que o necessário (PRATT et al, 2007). O cateter vesical é desconfortável e restritivo, causa trauma, sangramento e dor. É o fator de risco mais importante para infecção do trato urinário (LO et al, 2008). Objetivo: Relacionar o uso de cateter vesical com a ocorrência de infecção do trato urinário. Material e Método: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, que se deu nas bases de dados LILACS e BDENF, através dos descritores Enfermagem AND Cateteres AND Infecções urinárias. Foram incluídos artigos apenas na língua portuguesa entre os anos de 2015 a 2018, onde foram encontrados 7 artigos, dos quais apenas 4 foram selecionados após análise de conteúdo. Resultados: No Brasil, a infecção do trato urinário é responsável por 30 a 50% das infecções adquiridas em hospitais gerais (ANVISA, 2010). O principal fator de risco relacionado à infecção do trato urinário é a realização do cateterismo vesical de demora (WARREN, 1997). Aproximadamente 14% dos pacientes internados em hospitais fazem uso de cateteres vesicais e 5% deles desenvolvem a infecção do trato urinário (LEAVER, 2007). Em geral, aceita-se que as indicações para cateterização vesical limitem-se aos casos de retenção urinária aguda, controle de diurese em pacientes críticos, no pós-operatório de cirurgias urológicas ou que envolvam estruturas contíguas ao trato geniturinário, cirurgias de longa duração, cirurgias em que o controle de diurese se faz necessário, em pacientes incontinentes com úlceras sacrais ou perineais, pacientes terminais ou pacientes em que se prevê longo período de imobilização no leito por traumas de coluna ou cintura pélvica (GOULD et al 2010). Medidas especialmente dirigidas à técnica de inserção, ao sistema coletor, ao tipo de cateter e aos cuidados diários na manutenção do cateter vesical têm sido recomendadas para diminuir a infecção do trato urinário. Dentre todas as medidas preconizadas, evitar o uso e retirá-lo tão logo seja possível são consideradas as mais importantes. Princípios de boas práticas enfatizam a importância de se documentar no prontuário todos os procedimentos relacionados à cateterização vesical, incluindo o pedido de inserção e a sua justificativa (PRATT et al, 2007). Complicações associadas à infecção do trato urinário relacionada ao uso do cateter causam desconforto para o paciente, prolongam o tempo de internação, consequentemente aumento dos custos hospitalares e aumento da mortalidade. A cada ano, mais de 13.000 mortes estão associadas à infecção do trato urinário (NATIONAL HEALTHCARE SAFETY NETWORK, 2014). Conclusão: Compreende-se a importância da assistência de enfermagem de qualidade relacionada ao uso do cateter vesical e os fatores de riscos principalmente como a infecção do trato urinário oriundo do uso prolongado ou sem justificativa, levando a complicações de longo prazo. É fundamental que a equipe de saúde conheça as indicações para o uso, cuidados com o equipamento e manutenção em tempo necessário, bem como reforçar a atenção no momento de realizar a inserção do cateter de maneira estéril.

  • Palavras-chave
  • CATETERIZAÇÃO VESICAL, MEDIDAS PREVENTIVAS, ASSISTÊNCIA A SAÚDE
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Enfermagem em Controle de Infecção
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