O MANEJO DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DIRECIONADO DE TEMPERATURA PÓS-PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

O MANEJO DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DIRECIONADO DE TEMPERATURA PÓS-PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

• Autor
• Hiagda Thais Dias Cavalcante
• Co-autores
• Geni Karla da Silva Viana , Renata de Lima Pessoa
• Resumo

• INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória (PCR) é caracterizada pela perda súbita e inesperada da função circulatória e respiratória, levando o indivíduo à inconsciência. Os índices demonstram elevada taxa de pacientes que apresentam sequelas neurológicas após serem reanimados. O Controle Direcionado da Temperatura é um tratamento que vem demonstrando eficiente resultado na diminuição de déficits neurológicos em pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória. De acordo com a atualização da American Heart Association em 2015, pacientes adultos comatosos com retorno da circulação espontânea após PCR são candidatos ao Controle Direcionado de Temperatura, sendo mantida uma temperatura constante entre 32°C e 36°C por pelo menos 24 horas. A equipe de enfermagem possui autonomia para executar esse procedimento tendo papel fundamental na garantia de sua eficácia, sendo o enfermeiro responsável pela execução do processo de enfermagem, passando por todas as etapas, do exame físico à avaliação. OBJETIVO: Evidenciar através da literatura a importância dos cuidados de enfermagem no manejo do paciente submetido ao tratamento de controle direcionado da temperatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com pesquisa realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando as bases: Literatura Latina Americana de Ciências Médicas (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e o Banco de dados em Enfermagem (BDENF). Tendo como critério de inclusão publicações na língua portuguesa, na íntegra, publicados entre os anos de 2008 a 2018 e excluídas àquelas que que não abordavam a temática de forma direta. Foram usados os seguintes descritores: Hipotermia Terapêutica, hipotermia induzida, parada cardiorrespiratória, enfermagem. RESULTADOS: Foram encontradas 34 publicações, dos quais foram selecionadas 9. A equipe de enfermagem contribui na realização do Controle Direcionado de Temperatura através do preparo do leito, na monitorização hemodinâmica contínua, na realização de exames essenciais, além do procedimento propriamente dito até que a temperatura fisiológica seja restabelecida. Portanto, esses cuidados são vistos como essenciais para um bom prognóstico, os quais incluem medidas para evitar a hipotermia excessiva, o cuidado com a pele e extremidades, a fim de evitar queimaduras, o rodízio dos locais onde é aplicado o gelo, a monitorização constante do nível de sedação garantindo que não haja desconto, assim como o preparo do material, passagem de sondas e termômetro esofágico, preparo da sedação entre outros inúmeros cuidados fundamentais. CONCLUSÃO: Evidenciou-se de forma positiva a eficácia do Controle Direcionado de Temperatura como método de conservação e proteção das funções orgânicas do paciente acometido por parada cardiorrespiratória, enaltecendo-se a assistência multidisciplinar como importante aliada para uma atenção integral onde se destaca o papel do enfermeiro frente à execução e avaliação da terapia.

• Palavras-chave
• Controle Direcionado de Temperatura, Hipotermia Terapêutica, Enfermagem.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Enfermagem Terapia Intensiva