ASSISTÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR À GESTANTE VÍTIMA DE TRAUMA

ASSISTÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR À GESTANTE VÍTIMA DE TRAUMA

• Autor
• Railyne Leonardo Cruz
• Co-autores
• Albertina Martins Gonçalves , Carlos Reginaldo Nunes Lota , Neirilanny da Silva Pereira , Lidianne Mariz de Lima
• Resumo

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  Introdução: O trauma na gestação é uma das principais causas de mortes maternas não obstétricas em todo mundo. O uso do cinto se segurança de forma correta reduz a mortalidade e os desfechos negativos materno-fetais, sendo de extrema importância que o socorrista saiba interpretar a posição do cinto encontrada na vítima ou nas marcas deixadas por ele, relacionando assim, possíveis danos internos. Outras causas comuns de traumas na gestação são quedas, agressão física por parceiro íntimo, assaltos e perfurações causadas por armas brancas ou de fogo. Portanto um atendimento sistemático e de qualidade é necessário a fim de garantir maior sobrevivência e redução de agravos ao binômio materno fetal, exigindo que os socorristas sejam capazes de avaliar e conduzir a gestante, levando em consideração diferenças anatômicas, alterações fisiológicas e considerando o feto como segundo paciente. Objetivo: descrever as principais condutas assistenciais para o atendimento pré-hospitalar à gestante vítima de trauma. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de caráter descritivo e exploratório, desenvolvida a partir de artigos disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde e na biblioteca digital Scientific Electronic Library Online, tendo como descritores: Pregnancy, Wounds and Injuries, Abdominal Injuries, seguido do operador AND. Foram encontrados 1.070 artigos, sendo excluídos aqueles que não correspondem à temática exigida e ao período de 2009 a 2019, remanescendo 15 artigos. Resultados: Assim como em qualquer atendimento à uma pessoa vítima de trauma, na abordagem inicial a uma gestante ferida deve-se abranger o mnemônico ABC do trauma, assegurando uma via aérea pérvia, viabilizando a respiração e a conservação da circulação de forma adequada. Devem receber oxigênio suplementar por cânula nasal, máscara ou tubo endotraqueal, devido ao aumento do consumo de oxigênio e a extrema vulnerabilidade do feto a hipóxia. Algumas alterações fisiológicas da gestação como ganho de peso, edema da mucosa do trato respiratório e aumento da resistência das vias aéreas, podem levar a uma falha na manutenção da via aérea desta mulher, logo, não se deve retardar a intubação endotraqueal. Recomenda-se a sondagem nasogástrica em grávida ferida semiconsciente ou inconsciente com o objetivo de prevenir a aspiração do conteúdo gástrico. Em caso de parada cardiorrespiratória, deve-se priorizar as compressões torácicas, estas devem ser realizadas um pouco acima do ponto em uma vítima não gestante, devido ao deslocamento do diafragma. A partir de vinte semanas, recomenda-se realizar o deslocamento do útero para a esquerda, removendo-o de sua posição sobre a veia cava inferior e aorta abdominal, melhorando assim a perfusão materna e uterina. No decorrer da reanimação cardiorrespiratória deve-se seguir o protocolo geral de trauma, realizar dois acessos venosos periféricos calibrosos e administração vasta de fluidos, para garantir o débito cardíaco e placentário necessários. Caso haja necessidade de desfibrilação, serão aplicadas as mesmas potências de pacientes não gestantes. Conclusão: o atendimento à gestante vítima de trauma, requer da equipe socorrista conhecimento prévio a respeito das mudanças fisiológicas e anatômicas no corpo da gestante, domínio farmacodinâmico das drogas e a compreensão do feto como segundo paciente.

   

• Palavras-chave
• Gestante, Trauma, Assistência pré-hospitalar
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Enfermagem em Urgência e Emergência