INTRODUÇÃO: A queimadura é caracterizada como uma lesão nos tecidos orgânicos, causada por um trauma de origem térmica, provocando destruição celular e podendo ser classificada em primeiro, segundo ou terceiro grau de acordo com a profundidade da lesão. Na grande maioria dos serviços de assistência a indivíduos queimados, na rede pública de saúde brasileira, Sistema Único Saúde, o tratamento local é feito com a pomada de sulfadiazina de prata. Entretanto, em meados de 2011, o cirurgião plástico Marcelo Borges teve a ideia de utilizar a pele de tilápia no tratamento de queimaduras, que posteriormente resultou na formação de um corpo de pesquisadores e colaboradores, em 2014, com o objetivo de pesquisar sobre a pele de Tilápia do Nilo como curativo biológico. Constituído pelo então Marcelo Borges, Edmar Maciel, Nelson Piccolo, cirurgiões plásticos, e Odorico Moraes, diretor presidente do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará. Dessa forma, possibilitando a realização de pesquisas e publicações de estudos sobre a aplicação clínica da pele de Tilápia do Nilo como um biomaterial curativo. OBJETIVOS: Discutir, com base na literatura, o uso da pele de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) no tratamento de feridas causadas por queimaduras. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura desenvolvida a partir de artigos com enfoque no tema e selecionados no Google Acadêmico, biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (Scielo) e no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases MEDLINE E LILACS com os seguintes descritores: Tilápia do Nilo; Feridas; Queimaduras. Foram critérios de seleção das fontes: artigos científicos disponíveis na íntegra, nos anos de 2014 a 2019 e no idioma português. RESULTADOS: Estudos realizados com ratos mostraram que a pele de tilápia apresentou satisfatória capacidade de aderência ao leito e bordas das lesões, possibilitando a diminuição de exsudatos e formação de crosta, o que evidenciou o seu poder de cicatrização. Além disso, seu desempenho positivo foi também demonstrado no processo de resposta inflamatória, apresentando intensidade leve a moderada. Estudos histológicos comprovaram que a pele desse peixe possui características semelhantes à pele humana, indicando quantidades consideráveis colágeno do tipo I, resistência à tração e retenção de umidade. Também foi evidenciado a sua ação no alívio da dor do paciente, em decorrência desse procedimento não ter a necessidade de trocas do curativo, e baixo custo-benefício no tratamento, por se tratar de uma matéria-prima barata e abundante. CONCLUSÃO: Diante da análise dos estudos encontrados, foram identificados resultados positivos, pois seu uso mostrou-se uma ótima alternativa terapêutica em feridas causadas por queimaduras. Desse modo, faz-se necessário que sejam realizados investimentos, por parte das autoridades públicas, nessa área para incentivar a aplicabilidade e disseminação pelo país, pois ainda se restringe apenas à um estado: Ceará.
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Autor Corporativo
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CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
Língua Portuguesa (Português do Brasil)
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