DESAFIOS PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NAS EMERGÊNCIAS

  • Autor
  • MARIA KALINE DA PAZ SILVA
  • Co-autores
  • Adriely Helena Solange dos Santos , Jaqueline dos Santos Costa , Maria Stella Amorim de Lima
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO A violência consiste em ato que utiliza a força física ou psíquica tendo como resultante sofrimento, morte e/ou dano psicológico (ZUCHI et al., 2018). A violência contra a mulher, especificamente, é tema de preocupação, associando-se às construções sociais de gênero (BATISTA et al., 2018).  Estudos comprovam que 23% dos casos de violência à mulher acontecem no domicílio. Além disso, a cada quatro minutos, uma mulher é violentada por pessoa com quem mantém relação de afeto (FERREIRA et al., 2016; RAMALHO et al., 2017).  Os profissionais de saúde apresentam-se como atores no manejo desses casos, destacando-se a equipe de enfermagem pelo estabelecimento do contato inicial com as vítimas na emergência (SILVINO et al., 2016). Esse cuidado exige a utilização de mecanismos para identificação da vivência de violência, incluindo observação, sensibilidade e técnica. (ZUCHI et al., 2018). Contudo, mesmo existindo protocolos para o manejo dos casos emergenciais, as ações de cuidado são cercadas por limites, entre eles as lacunas na formação do profissional de enfermagem, centrada no modelo biomédico, além das dificuldades encontradas na articulação intersetorial dos serviços que atendem essas mulheres (HEISLER et al., 2018). OBJETIVO. Este estudou objetivou analisar os elementos que dificultam a assistência de enfermagem prestada às mulheres vítimas de violência doméstica na rede emergencial. METODOLOGIA. Tratou-se de revisão integrativa onde as publicações foram selecionadas, em abril de 2019, na Biblioteca Virtual de Saúde, por meio das Bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Literatura Internacional em Ciências da Saúde e Bases de Dados de Enfermagem, sendo utilizados os seguintes descritores: violência sexual, violência contra a mulher, cuidados de enfermagem. Os filtros utilizados foram: tema (Rede de Serviços de Urgência), assunto principal (Violência contra a mulher, Cuidados de enfermagem, Violência doméstica, Mulheres agredidas, Enfermagem), idioma (inglês e português), ano de publicação (2015-2018). Foram encontrados 79 artigos e, após leitura seletiva, 10 compuseram a amostra. RESULTADOS: Lettiere e Nakano (2015) evidenciaram que o fracionamento do processo de trabalho e a consequente fragmentação dos serviços na Rede de Urgência e Emergência enfraquecem o atendimento às vítimas. Ramalho et al. (2017) evidenciaram que a ausência da Sistematização de Assistência de Enfermagem nos serviços emergenciais é fator dificultador. Machado et al. (2017) sinalizam a necessidade de qualificação no que concerne à notificação dos casos na emergência e à utilização das informações registradas no sistema para melhor gerenciamento dos atendimentos. A superlotação nas emergências, com consequente sobrecarga dos profissionais é retratada por estudo de Broch et al. (2017). O estudo de Silvino et al. (2016) enfatizou a falta de conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre o manejo e legislação que envolve a violência doméstica. CONCLUSÃO: Muitas lacunas ainda são visualizadas na condução dos casos de violência doméstica contra a mulher sinalizando a necessidade de reestruturação da rede de serviços emergenciais para que haja articulação e efetivação do cuidado. A educação permanente pode fornecer subsídios para que os profissionais possam estar capacitados para reconhecer e manejar os casos de violência doméstica numa perspectiva interdisciplinar e intersetorial. 

  • Palavras-chave
  • Violência contra as mulheres, Atendimento de Emergência, Equipe de Enfermagem
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Enfermagem em Urgência e Emergência
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN) 
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Periodicidade
Publicação Anual  

Idioma 
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