INTRODUÇÃO: o processo de hospitalização pediátrica traz consigo o enfrentamento da criança relacionado à distância de seu cotidiano social e do meio familiar. No entanto, para que se alcance o objetivo terapêutico, o paciente pediátrico necessita da permanência no ambiente hospitalar, estabelecendo-se assim uma dicotomia, difícil de ser compreendida pela criança, entre o sofrimento dos procedimentos e o benefício proveniente deles. Visando tornar mais humanizada a hospitalização e o seu contexto, a inserção do acompanhante estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente passou a promover a obrigatoriedade da presença de um acompanhante junto ao paciente. Contudo, a permanência desse durante todas as ações terapêuticas dos profissionais, inclusive nos instantes de emergências pediátricas mais críticas, traz à discussão entre enfermeiros pontos a serem considerados decisórios durante a ocorrência dos eventos complexos em pediatria. OBJETIVO: analisar os achados na literatura acerca dos dilemas enfrentados por enfermeiros nas emergências pediátricas de alta complexidade presenciadas por acompanhantes. MÉTODO: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, fundamentada numa abordagem qualitativa realizada a partir de uma busca online de artigos publicados nas bases de dados da BDENF, MEDLINE, CINHAL, PubMed e na biblioteca eletrônica SciELO, em português e inglês, texto completo, no período de junho de 2008 a junho de 2018, utilizando as palavras-chave: enfermagem, pediatria, acompanhante, emergência, cuidados críticos, cruzadas pelo operador boleano AND, onde foram analisados um total de 13 artigos dentro da temática. RESULTADOS: após analisados, os estudos demonstraram que há uma necessidade de preparo do enfermeiro para gerenciamento de situação, no que concerne à presença do acompanhante durante os eventos críticos. Como líder, necessita estar seguro da execução dos procedimentos durante o transcorrer dos protocolos de assistência emergencial, conferindo assim diminuição da resistência profissional à presença de um membro não pertencente à equipe durante o ato. Além disso, verificou-se que a capacitação da equipe para a inclusão do acompanhante no processo é salutar, tornando assim necessário o estabelecimento de uma rotina que englobe a pactuação prévia sobre a presença deste nos procedimentos, o suporte integral a ser oferecido ao familiar/acompanhante por um profissional capacitado e qualificado caso necessite, a seguridade da equipe em caso de desfechos trágicos e, por fim, a documentação de todas as situações e ações de forma plausível, clara e coesa. Salienta-se ainda que há a comprovação de que a presença do acompanhante durante os eventos e desfechos da criança em estado crítico torna o ato menos causticante para o familiar. CONCLUSÃO: é de alta relevância expandir os aspectos inerentes à temática, tendo em vista a contribuição efetiva do saber na transformação da práxis do enfermeiro em seu cotidiano assistencial em pediatria, principalmente durante ações complexas na emergência. Cumpre ressaltar que, por direito, a criança independentemente da situação deverá estar acompanhada, tornando ampliado o conceito de cuidar ofertado pelo enfermeiro, contemplando assim em todas as esferas o binômio.
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Autor Corporativo
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Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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