ESTRESSE OCUPACIONAL DOS ENFERMEIROS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - REVISÃO INTEGRATIVA

ESTRESSE OCUPACIONAL DOS ENFERMEIROS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - REVISÃO INTEGRATIVA

• Autor
• Mayara Gonçalves da Silva
• Co-autores
• Leila Valéria da Silva Souza , Alanna de Oliveira Muniz , Jaqueline dos Santos Costa , Maria Stella Amorim de Lima
• Resumo

• INTRODUÇÃO: Os riscos psicossociais no trabalho apresentam-se como um dos maiores desafios contemporâneos para a saúde, guardando íntima ligação com o estresse (RIBEIRO et al., 2015). Este é responsável pela redução da qualidade das atividades desenvolvidas, interferindo na satisfação do profissional e causando absenteísmo e consequente aumento dos custos financeiros (RIBEIRO et al., 2015; OLIVEIRA et al., 2013). A organização do trabalho dos enfermeiros abarca diversas situações conflitantes, acarretando sofrimento psíquico e influenciando a qualidade de vida dos profissionais, com destaque para a sobrecarga de trabalho, salário insuficiente e discriminação social (OLIVEIRA et al., 2015). A atuação do enfermeiro de urgência e emergência também é avaliada como desencadeadora de desgaste físico e emocional, visto que o ambiente onde está inserido compreende a atuação conjunta de uma equipe multiprofissional, comprometida com exigências do processo de trabalho e responsabilidade pelo bem-estar e pela vida do paciente (RIBEIRO et al., 2015). OBJETIVO: Este estudo objetivou identificar os fatores relacionados ao estresse ocupacional de enfermeiros de urgência e emergência. METODOLOGIA: Tratou-se de revisão integrativa, realizada em abril de 2019, na plataforma Scientific Electronic Library Online. Os descritores em ciências da saúde utilizados foram: Estresse Ocupacional, Atendimentos de Emergência e Enfermagem, sendo utilizados os seguintes filtros: coleções (Brasil), idioma (Língua portuguesa), ano de publicação (2012-2018), WOS áreas temáticas (Enfermagem), tipo de literatura (artigo). Inicialmente foram encontradas 147 publicações, após utilização dos filtros houve a redução para 25 artigos. Ao realizar leitura seletiva e exploratória, 17 artigos foram descartados totalizando 08 artigos que compuseram a amostra. RESULTADOS: As representações sociais do trabalho são complexas e contribuem para o desencadeamento de doenças e desgaste físico, emocional e mental, conforme estudo de Oliveira et al. (2013). A maioria dos enfermeiros atuantes nos serviços de emergência apresentam quadro depressivo sendo observados como fatores desencadeantes as condições de trabalho, carga horária excessiva, remuneração não condizente e desvalorização profissional, em consonância com estudo de Oliveira et al. (2015). Esses profissionais apresentam falhas de percepção de sua condição mental e acreditam que o sofrimento não interfere na prestação da assistência aos pacientes. O estudo de Selighim et al. (2012) evidenciou como fator contribuinte para o estresse ocupacional a idade (24 a 39 anos), a existência de filhos e o trabalho noturno. CONCLUSÃO: O estresse no ambiente de trabalho é uma realidade dos serviços de saúde, principalmente nos setores emergenciais pelo aumento do risco de morte e sequelas relacionadas à falhas na prestação de assistência. A gestão desses serviços precisa promover espaços para a verbalização das angústias, bem como possibilitar estratégias de melhorias nas condições de trabalho dos enfermeiros atuantes nas emergências.

• Palavras-chave
• Estresse Ocupacional; Atendimento de emergência; Enfermagem.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Enfermagem em Urgência e Emergência