INTRODUÇÃO: A síndrome hipertensiva gestacional é a primeira causa de mortalidade materna no Brasil, sendo classificada em hipertensão arterial gestacional, pré-eclâmpsia e eclâmpsia (OLIVEIRA et al., 2015; XAVIER et al., 2015; RUIZ et al., 2015; BRANDÃO et al., 2014; LIMA et al., 2012). A pré-eclâmpsia trata-se de uma intercorrência emergencial que apresenta etiologia desconhecida, sendo marcada pelo desenvolvimento de hipertensão, proteinúria e edema, podendo apresentar-se de forma leve ou grave (FERREIRA et al., 2016; MELO et al., 2015; SANTOS et al., 2015, LIMA et al., 2014; POLÔNIA et al., 2014). A falta de assistência adequada às pacientes com pré-eclâmpsia pode ocasionar o aparecimento de episódios de eclâmpsia e/ou outras complicações (MELO et al., 2015; POLÔNIA et al., 2014). A evolução destes casos sinaliza possíveis falhas de execução na assistência, aumentando os riscos de desfechos negativos. Torna-se relevante entender a assistência que deve ser direcionada à pré-eclâmpsia nas emergências. OBJETIVO: Este estudo objetivou identificar as principais condutas direcionadas à pré-eclâmpsia nas emergências. METODOLOGIA: Tratou-se de revisão integrativa, realizada em abril de 2019, na plataforma Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os descritores: Gestose, Toxemia Gravídica e Atendimento de Emergência. Os filtros utilizados foram texto completo disponível, ano de publicação (2015 a 2019) e idioma (português). Foram encontrados 37 artigos e, após leitura seletiva e exploratória, 10 artigos compuseram a amostra. RESULTADOS: O cuidado da gestante hipertensa deve ser feito inicialmente com repouso e dieta. A chance de controle da complicação obstétrica a nível de emergência é alta, entretanto é totalmente dependente da avaliação inicial da gestante e das condutas tomadas pelos profissionais alocados no setor emergencial. A maioria dos achados existentes na literatura sobre esta temática sinaliza a necessidade de seguimento de protocolo específico que abrange desde condutas simples como punção venosa com acesso calibroso, instalação de cateter de oxigênio, administração de medicação anti-hipertensiva e anticonvulsivante até a interrupção da gestação com remoção da placenta, a depender da idade gestacional. Nos casos de pré-eclâmpsia, medidas gerais de suporte cardiorrespiratório, terapia anticonvulsivante, e tratamento anti-hipertensivo devem ser considerados, sendo indicado o tratamento farmacológico quando a pressão arterial diastólica atinge 100mmHg. A hidralazina é considerada a primeira opção terapêutica e a nifedipina deve ser usada em casos de parto iminente e quando não se consegue fazer o controle pressórico com hidralazina por via venosa, exigindo monitorização continua. O sulfato de magnésio se destaca por seu efeito anticonvulsivante, conforme evidência de Lima et al. (2014). O uso do sulfato associado à uma assistência qualificada reduz em até 50% o risco de mortalidade por pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestantes (FERREIRA et al., 2016). CONCLUSÃO: O conhecimento do protocolo direcionado à pré-eclampsia nas emergências diminui o índice de desfechos negativos. A gestão dos serviços de saúde deve realizar capacitações periódicas a fim de atualizar os profissionais atuantes nas emergências e reduzir os riscos dessas complicações.
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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