INTRODUÇÃO: A hemorragia pós-parto caracteriza-se por perda sanguínea superior a 500 ml no parto vaginal e a1000 ml no parto cesáreo, sendo responsável por mais de 41% das mortes maternas no Brasil. Apresenta como principais causas a atonia uterina, traumas (hematomas, lacerações e roturas), tecido (placenta retida e placenta acreta) e trombina (coagulopatias) (DELANEY et al., 2018; RUIZ et al., 2017; BAGGIERI et al., 2011). A patologia é classificada como primária quando ocorre dentro das primeiras 24 horas puerperais (DELANEY et al., 2018). O diagnóstico é predominantemente clínico, envolvendo a mensuração da perda sanguínea por inspeção e avaliação laboratorial (DELANEY et al., 2018; RUIZ et al., 2017). Devido à enorme morbimortalidade materna associada à hemorragia pós-parto, tornar-se relevante descrever os mecanismos de atuação das equipes de Enfermagem direcionadas às puérperas que apresentem essa patologia. OBJETIVO Este estudo objetivou descrever as condutas emergenciais que devem ser direcionadas às puérperas com hemorragia pós-parto primária por parte das equipes de Enfermagem. METODOLOGIA: Tratou-se de revisão integrativa, realizada em abril de 2019, na Biblioteca Virtual de Saúde utilizando as Bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, os descritores: período pós-parto, Atendimento de emergência e hemorragia e os filtros: texto completo (disponível), idioma (português), ano de publicação (2009-2019). Foram encontrados, inicialmente, 148 publicações e, após leitura seletiva, 09 artigos compuseram a amostra. RESULTADOS: Deve-se utilizar anamnese e exame físico minucioso para melhor intervenção conforme estudo de RUIZ et al. (2017). O clampeamento do cordão, nos primeiros minutos após o nascimento, e a avaliação seriada do tônus uterino para identificação de atonia são recomendações iniciais. Nos casos de perda sanguínea inferiores a 1000 ml, a equipe de enfermagem deve garantir acesso venoso periférico e infusão de até 2 litros de solução cristaloide. O enfermeiro deve garantir a realização de classificação sanguínea, hematimetria, screening de coagulação e monitorizar os sinais vitais a cada 15 minutos. Os casos de perdas superiores a 1000 ml devem ser manejados com medidas de ressuscitação e administração de oxigênio em alta concentração. Deve-se garantir o aquecimento da paciente, infundir até 3,5 litros de solução cristaloide aquecida e/ou 1 a 2 litros de coloide. Nos casos de insucesso, recomenda-se a hemotransfusão com concentrado de hemácias e plasma fresco na proporção 1:1. O enfermeiro deve avaliar a função renal, inserindo cateter vesical. A ocitocina é a droga uterotônica recomendada para tratamento. Seu uso por via endovenosa permite ação rápida, porém pouco duradoura ao contrário da via intramuscular que apresenta efeito prolongado. A massagem uterina é segura e pode ser usada no tratamento da doença. Caso o sangramento não responda aos uterotônicos, o enfermeiro pode sinalizar a necessidade de tamponamento intrauterino com balão. CONCLUSÃO: As condutas de Enfermagem que devem ser direcionadas aos casos de hemorragias pós-parto são cruciais para a prevenção de óbitos e complicações. A capacitação periódica dos profissionais atuantes nas emergências obstétricas é uma necessidade que precisa ser trabalhada pelas gestões dos serviços de saúde.
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Autor Corporativo
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CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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