INTRODUÇÃO: A mortalidade neonatal é dividida em dois períodos: neonatal precoce (0 a 6 dias de vida) e neonatal tardio (7 a 28 dias de vida). Nos últimos anos a mortalidade infantil apresentou uma diminuição significativa no mundo, porém a mortalidade neonatal é um problema de saúde pública que passou a ser a principal causa de óbitos infantis. Apesar do Brasil ter apresentado redução significativa na taxa da mortalidade infantil (TMI), as regiões Nordeste e Norte permanecem com os níveis mais elevados no país, sendo que a TMI no Nordeste em 2007 chegou a ser 40% maior que a taxa nacional. Esta taxa é um indicador das condições de vida da população, reflexo direto da desigualdade social, fragilidade nos serviços e qualidade da assistência materno-infantil. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos óbitos neonatais precoces ocorridos no estado do Rio Grande do Norte no período de 2004 a 2013. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter documental retrospectivo, com o uso do sistema informatizado de dados das notificações de óbitos neonatais precoces, vinculado ao Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e ao DATASUS, disponíveis no site (www.datasus.gov.br). A coleta foi realizada no banco de dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), por meio das seguintes variáveis independentes: peso ao nascer, raça/cor, tipo de gravidez, duração da gestação, tipo de parto, as principais causas dos óbitos, local do parto e microrregião do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). RESULTADOS: Foi contabilizado um total de 7.237 óbitos infantis, destes, 4.027 foram óbitos neonatais precoces. O coeficiente de mortalidade infantil de 2004 a 2013 no Rio Grande do Norte foi de 14,7 óbitos/1.000 nascidos vivos (NV), com maior ocorrência dos óbitos no período neonatal precoce (8,2 óbitos/1000NV). Acerca das características dos recém-nascidos, 56,7% era do sexo masculino, 35,3% da raça parda e o peso ao nascer com maior frequência (63,8%) dos neonatos foi baixo peso (< 2500 gramas). Outro fator importante diz respeito à idade gestacional, onde 64,2% dos casos teve predomínio dos prematuros de 22 a 27 semanas. Quanto ao tipo de parto, os vaginais corresponderam a 55,6% dos óbitos, com a maioria (83,3%) decorrente de afecções originadas no período perinatal. Sobre a região e local, 58,5% ocorreu na região metropolitana de Natal, 59,9% na capital e 96,1% foram a óbito no hospital. CONCLUSÃO: Conclui-se que a prematuridade apresenta uma associação direta com os óbitos perinatais. Nesta perspectiva, existem desafios para reduzir a mortalidade neonatal no país, que envolvem características biológicas, além de fatores socioeconômicos, como indicam outros estudos, demonstrando a necessidade de maiores investimentos em políticas públicas de saúde materno-infantil. Literatura existente sobre a temática aponta que há práticas assistenciais desenvolvidas no pré-natal, parto e unidade de terapia intensiva neonatal que podem influenciar neste desfecho. Diante disso, as equipes de Enfermagem em todos os níveis de complexidade podem contribuir para a prevenção, através de condutas adequadas durante a gestação, parto e aos cuidados com o recém-nascido, garantindo assistência de qualidade.
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
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Publicação Anual
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